Conheci ele em um aplicativo de namoros; seu olhar me chamou muito a atenção. Eram olhos de quem sorria fácil, despreocupadamente. Olhos verdes, intensos; caberiam mil definições ali. Conversa vai e conversa vem, mesmo achando ele um pouco estranho, porque respondia quando queria, resolvi aceitar o convite para pegar um cinema.
o filme que queria assistir não estava mais disponível e acabamos assistindo a um nacional de comédia e, caraca, que risada linda ele tinha. Ele gargalhava sem nem ligar para o que iriam pensar e eu ria por estar ali. O cinema virou barzinho, que virou pub, que virou chegar em casa às 3 horas da matina, mas o assunto não acabava, quando olhamos no relógio, tínhamos ficado até às 5 horas conversando na frente de casa. Desesperada, porque ia trabalhar no dia seguinte, comecei a pegar as chaves dentro da bolsa, pegar o celular e … ele me roubou um beijo. Foi o beijo mais suave que tinha recordação, carinho, cafuné, aconchego… ual!
Subi as escadas como quem pisa em nuvens, caí na cama e ainda sentia o toque dele no meu rosto. No dia seguinte veio mensagem, veio um “adorei te conhecer” e ainda veio o “quero te ver de novo”. E eu? Sorria a toa. Dias depois veio o convite, “vamos sair para jantar?” Entrei em estado de choque. Uai, nunca que um cara me chamou para jantar! O que ta acontecendo meu Deus? Eu nem sei o que vestir! Passei uma semana me preparando, pensando na roupa perfeita, o que dizer, o que sentir e o que esperar daquela noite. Sem expectativas, por favor!
Jantar perfeito, massas, vinho, sobremesa, conversamos sobre tudo e fomos os últimos a sair do restaurante. Ficaria horas e horas mergulhada naqueles olhos sorridentes. Depois do jantar fomos ao pub, o mesmo da semana anterior. Sentamos em um sofá, ele colocou seus braços em volta de mim e eu me aconcheguei nos seu ombro. Me entreguei, não resisti. Fiz carinho, cafuné e arranquei um beijo e em seguida um sorriso. A banda era boa, tocava nossas músicas preferidas. De repente pedi para o cantor: “Toca AC/DC!!!” e não é que ele topou?
Quando começou a música, o moço dos olhos verdes brilhantes me puxou para perto do palco, dançamos, pulamos, nos beijamos, com nossos copos de whisky em uma mão e na outra, a mão do outro. Como não se apaixonar? Eu tentei controlar, mas não pude; não dessa vez. Você parece ser tão certo e ao mesmo tempo tão torto, mas é diferente, sabe? Só não quero deixar isso passar, seja lá quanto tempo dure, um mês, dois anos ou a vida toda. Sinto que estou me apaixonando pelo seu sorriso fácil, nossas conversas sobre guitarras e violões e nossas noites estendidas até o dia raiar em algum pub por aí.
É como se você fosse meu Jack Daniels. Gosto de duplo cowboy, mas três doses são suficientes. Mais que isso, faz mal, menos que isso, não tem graça.