A confiança nasce da paciência e da tolerância. O que atrapalha a nossa jornada, muitas vezes, é essa ânsia de alcançar o que tanto queremos e assim pulamos etapas importantes de aprendizagem.
Imagine que você está jogando bilhar, ou sinuca, pela primeira vez. Naturalmente o objetivo do jogo é transferir a bola da mesa para a caçapa, ou seja, o vão que contém a rede de sustentação onde as bolinhas cairão.
Você faz o primeiro movimento e encontra um certo grau de dificuldade, muitos acham esse jogo extremamente difícil e desistem após algumas partidas.
Mas ao observarmos um adversário mais experiente, veremos que o mesmo tem todo um preparo. Ele escolhe um taco diferente para cada jogada, ele se posiciona, usa diferentes intensidades de impulso e muitas vezes mira em outra bolinha para que atinja aquela que ele objetiva derrubar.
Se você prestar atenção, o jogador experiente não é acelerado, nem ansioso para alcançar o resultado, antes passa mais tempo estudando a mesa do que agindo.
Se aplicarmos esse exemplo em nossas vidas, vamos observar que a confiança nasce da paciência e da tolerância. Você não vê um jogador experiente desistindo quando comete um erro, aliás ele é flexível às mudanças do jogo, definindo cada passo que vai dar, para alcançar bons resultados.
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O que atrapalha a nossa jornada, muitas vezes, é essa ânsia de alcançar o que tanto queremos e assim pulamos etapas importantes de aprendizagem.
Nos tornamos hábeis a cada tentativa e erro, assim diz os neurocientistas, porque o cérebro está em constante aprendizado. Mas durante as tentativas é necessário que haja a compreensão, a tolerância interna, aniquilando todos os julgamentos e sentimentos de impotência.
Quando erramos aquela voz interna, que mais parece um carrasco, vem com intuito de nos desestimular, humilhar, machucar e assim as experiências vão se tornando uma verdadeira tortura.
Para que elas sejam prazerosas, é necessário que estejamos atentos ao momento em que essa voz surge, assim conscientes, podemos dialogar, entender de onde ela vem e também, para que possamos impedir essa agressão. Quando damos um basta, interna e externamente, nas relações abusivas, estamos ganhando a liberdade de reprogramar as nossas mentes.
Somente quando partimos para a jornada do autoconhecimento, é que descobrimos o nosso propósito de vida, as nossas potencialidades, as nossas limitações, tornamo-nos mais tolerantes, pacientes internamente e passamos a mudar o nosso diálogo interno de confirmação de fracasso para o de motivador e vencedor.
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Quando chegarmos a esse patamar em nossas vidas, nós nos tornaremos cada vez mais confiantes, porque sabemos quem somos e até onde queremos chegar.
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