Fácil julgar o que o outro deve fazer ou não, não é mesmo? Difícil é olhar para dentro da gente!
Costumo dizer que estamos na era da baixa autocrítica e da pouca empatia.
Cada vez mais as pessoas nas organizações, nas relações sociais e nas afetivas julgam muito o outro e procuram resolver as situações que ocorrem com ele, mas de forma pouco empática, sem levar em consideração a real história ou sentimento dessa pessoa. Na maioria das vezes, há muito julgamento e pouco bom senso, ou pouca empatia.
O que acha? Já passou por isso?
Você também percebe isso?
Vou te convidar para passar 24 horas prestando bem atenção ao seu redor. Quando estiver sentado tomando café na lanchonete, escute a conversa ao seu redor. No trabalho enquanto toma água, perceba o que as pessoas estão falando. Preste bem atenção nas mensagens que recebe durante o dia, via Face, via WhatsApp, agora com um olhar diferente, de detetive. Isso mesmo, detectando pessoas que resolvem a vida dos outros com enorme facilidade.
Já ouviu coisas como: Nossa! Maria devia se separar do João. Só sofre, reclama e não faz nada. Aí merece né? É tão simples: tchau e benção! E ela não consegue, só enrola, tão tola, tão incapaz…
Ou ainda: Fulano devia dizer poucas e boas para o Gerente e depois pedir demissão, ele vive sendo humilhado, parece banana, não faz nada e só reclama. Ou então devia fazer um barraco nas redes sociais, falar para o Diretor…
E por aí vai…
Parece que as pessoas resolveram competir com o Google.
O que o Google tem a ver com isso tudo? Tudo o que a gente pergunta o Google sabe, não é mesmo? Sempre tem uma resposta, uma solução.
Muitas vezes não percebemos que agimos assim, ou que apoiamos pessoas que agem assim. Por isso falo que falta empatia.
Normalmente a gente olha a situação e pensa com a nossa história, com a nossa bagagem de vida. E, muitas vezes resolver o problema dos outros é mais fácil que olhar para os nossos. É mais cômodo, mais confortável…
Aquela pessoa que não se separa, mesmo reclamando e estando numa relação pouco saudável provavelmente é codependente, é doente. A pessoas não pede demissão talvez porque não tem outra opção, precisa sustentar a sua família…
Olhar com diversos ângulos uma mesma situação torna a tomada de decisão bem mais rica. Condicionar nosso cérebro para a positividade ajuda na criatividade, na tomada de decisão equilibrada, na visão clara da realidade, além é claro, do principal, pessoas positivas se preocupam mais com sua vida, com seu crescimento e servem apenas de conselheiras quando lhes é solicitado. Pessoas que desenvolvem a positividade olham mais para dentro, traçam propósitos claros de vida, fazem diferença positiva na vida dos demais.
Pessoas que vivem cuidando da vida do outro estão com as emoções negativas em alta. Vivem reclamando, focam na parte não tão boa da vida, estão matando seus neurônios diariamente.
Quer ser mais feliz, pleno e saudável, cultive as emoções positivas, com certeza seu mundo interno vai ficar muito mais rico. Você vai dar um salto na sua vida e, vai poder ajudar muito mais os que estão a sua volta e você ama.
Quer ser mais produtivo, mais animado, menos ansioso? Olhe para dentro, veja o que precisa ainda mudar, comece já, pois quando a gente deixa para outro dia, geralmente não começa. Geralmente esse dia não chega nunca e cai no esquecimento.
Se você está na parte da população que critica os demais, não se culpe ou envergonhe, a gente aprendeu que isso é o certo. A gente aprendeu a olhar para fora e se preocupar apenas com essa visão.
Mas mude já!
Como?
– Expresse amor por si mesmo todos os dias para elevar sua autoestima, fortalecer seu vínculo com você mesmo.
– Faça uma lista de conquistas cole no espelho, no monitor, na parede e se valorize, leia todos os dias, comemore desde a mais pequenininha, até a maior de todas.
– Liste tudo o que deixou pendente na vida e analise. O que quiser ainda fazer, coloque prazos e trace o caminho a seguir para alcançar. Reveja todo mês, não deixe se perder novamente.
– Exercite emoções positivas todos os dias, sendo gentil, agradecido, resiliente, humilde, carinhoso, amoroso…
E se você conhece pessoas que criticam muito os demais, não entre na onda delas! Se quiser dê as dicas acima, ou apenas diga para ela: Não quero escutar esse tipo de comentário, não faz bem para meu cérebro, para minha energia emocional. Só falo de coisas que me pertencem e que posso fazer algo a respeito.
A gente muda sempre, se a gente quiser. Não é fácil, mas é recompensador. A vida muda e tudo ao redor muda também.
Grande abraço!
Isabel