Crenças limitantes são ideias nas quais acreditamos profundamente e que nos prendem dentro de uma determinada leitura ou interpretação da realidade, e que por seu caráter restritivo e fechado, acabam comprometendo as nossas possibilidades perante a vida e até mesmo a nossa liberdade de escolha.
Isso mesmo, as crenças limitantes, como o próprio nome diz, limitam você, tirando sua liberdade de escolha.
Elas fazem você acreditar na existência de um único caminho, e sem que você se dê conta de forma consciente, estas crenças o conduzem numa linha de pensamento e raciocínio, que acaba por determinar, primeiramente dentro, através de pensamentos e sentimentos, e depois fora de você, através de escolhas, a única realidade que parece ser possível diante da leitura fechada e restritiva destas crenças.
E é assim, que pouco a pouco se estabelece um circuito que passa pelo seu interior e depois se manifesta externamente, criando, finalmente, a sua realidade.
Os pensamentos geram sentimentos, e os sentimentos geram sensações físicas que desencadeiam atitudes e ações.
Se você estiver preso a crenças limitantes, seus pensamentos, sentimentos e sensações tendem a se repetir e, consequentemente, você acaba repetindo escolhas, ações e atitudes, que no final das contas acabam por confirmar com seus resultados as suas crenças.
Pronto! Está estabelecido o ciclo vicioso que, inevitavelmente, vai prendê-lo cada vez mais dentro deste mundo limitado e sem saída, pois ele tem como objetivo maior confirmar para você que não há saída e, pouco a pouco, você tem a sensação de que é refém de uma profecia autorrealizante, onde aquilo que você mais teme, parece se repetir e se confirmar a cada momento.
A cada escolha gerada a partir destas crenças limitantes, você sente como se estivesse numa teia, que o captura e prende dentro de uma cena que parece se repetir incansavelmente e da qual, por mais que você se esforce, não consegue sair.
Para encerrar este ciclo é preciso, primeiramente entender como ele começou.
COMO NASCE UMA CRENÇA LIMITANTE?
Todos nós, em algum momento de nossas histórias, vivenciamos situações dolorosas, um momento que nos marcou profundamente, pelos sentimentos fortes que despertaram. Quase sempre, estas experiências estão em nossa infância ou adolescência, mas podem ocorrer em qualquer momento, até na vida adulta, quando já estamos mais maduros.
Seja quando for, podemos dizer, que esta primeira experiência dolorosa, cria uma matriz, e a partir dela são construídas defesas para proteger e evitar que a dor se repita.
Se não houve um bom encaminhamento desta vivência, se as dores desta experiência não foram devidamente cuidadas e resolvidas, teremos o ponto de criação de uma crença limitante.
Podemos recorrer à imagem de um grande fluxo de água, passando pela terra, para ilustrar essa situação. Assim como a água deixa um sulco na terra por onde correu, as vivências dolorosas mal resolvidas, também deixam em sua memória emocional, marcas que determinarão a nossa leitura e interpretação dos fatos. Quando, então, uma situação semelhante acontece em sua vida atual, as águas dos sentimentos, pensamentos e atitudes, acabam passando de novo pelo mesmo caminho, reafirmando que não há outra possibilidade, a não ser o caminho da dor já conhecido.
É desta forma que você acaba acreditando que não tem saída.
Quem nunca se pegou pensando diante de uma situação que se repete inúmeras vezes na sua vida: “Não acredito que de novo estou vivendo isso! Parece que isso nunca vai mudar!”
O caminho para mudar é inicialmente tomar consciência da repetição, perceber que a cena se repete, por mais que você tente e queira fazer diferente, e que esta cena é uma cena dolorosa, que o machuca, e que o remete a uma dor similar que já aconteceu em algum ponto do seu passado.
O segundo passo para desconstruir as crenças limitantes e suas repetições intermináveis, é acolher e cuidar dessa dor. Lembre-se que no primeiro evento que desencadeou esta dor não foi possível cuidar devidamente das feridas, então , agora é a hora de deixar julgamentos e críticas de lado e dar colo para você.
Feito o acolhimento e o cuidado necessário, é hora de liberar essas lembranças, o tempo de liberação e desconstrução destas crenças e as dores ligadas a elas, é lento e é preciso paciência com você neste processo. Muitas vezes é preciso uma guiança, alguém em quem você confia, é que vai ajudá-lo nessa travessia.
Conforme você for se libertando dos limites destas crenças, seus pensamentos, sentimentos e escolhas também vão mudar, e consequentemente, sua vibração, que é a energia que você emana.
Então, naturalmente, outros caminhos se mostram, as águas da vida podem finalmente correr livres. Novas oportunidades e pessoas surgirão na sua vida.
Finalmente você poderá sentir o fluxo criativo e espontâneo da vida se manifestando, e sentir um mundo de infinitas possibilidades abrindo-se para você.
Neste ponto, você para de se limitar e sente que, de novo, está livre para escolher o caminho que quer seguir.
Você é criador (a) e senhor (a) do seu destino!
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