Colegas de profissão, como Elizabeth Savala, fizeram questão de reforçar que, além do valor estar impraticável, as coisas são ainda mais difíceis para as famílias brasileiras mais pobres.
Dados da Trading Economics mostram que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking dos países com as mais altas taxas de inflação, chegando a 11,3%. A plataforma monitora 96 países. Já entre os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), o país fica em oitavo lugar.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, desde 2003, a inflação não subia tanto como nos últimos 12 meses. Além disso, em março deste ano, a taxa chegou a subir 1,62%, índice que não aparecia no país desde 1994, antes de o Plano Real ser implementado. Dessa forma, em busca de frear o aumento dos preços, economistas preveem alta na Selic, a taxa de juros do país.
Os alimentos estão tão caros, que provocam queda no poder aquisitivo dos brasileiros, que veem o dinheiro acabar muito mais rápido e com a compra de menos produtos. Essa alta no valor dos alimentos é sentida por todos os cidadãos, inclusive famosos, como mostrou a atriz Cristiana Oliveira em seu Instagram.
Em uma publicação do dia 18 de abril deste ano, a famosa se mostra desesperada em um vídeo, explicando que foi fazer a compra do mês e quase infartou. Ela perguntou aos seguidores se essa sensação está da mesma forma para todos que a seguem, e mostrou revolta com a situação que todos estão enfrentando nos últimos meses. Confira abaixo:
Não apenas Cristiana Oliveira reclamou da alta dos preços dos alimentos, pois assim que compartilhou seu vídeo, outros famosos e anônimos apoiaram a atriz na observação. Elizabeth Savala colocou vários emojis batendo palmas e logo em seguida escreveu: “Sim, Cris, essa é a reação de todos, a palavra é essa, SOCORRO. Imaginemos os desempregados ou quem ganha um salário mínimo”, disse a artista, que ainda pediu ajuda para todos os brasileiros e brasileiras.
A apresentadora Márcia Goldschmidt também usou o espaço para reclamar, mas reforçou que na Europa estava muito pior. O ator Miguel Roncato disse que também tinha feito a compra do mês no mesmo dia e que tinha achado os preços desesperadores. A atriz Cássia Linhares foi outra famosa que reclamou, assim como a jornalista Lu Lacerda.
Andrea Avancini e Nany People foram outras personalidades que confirmaram o desespero e a angústia de fazer a compra habitual dos alimentos. Muitos outros fãs e seguidores aproveitaram os comentários para contar um pouco do que passam ou para fazer um apelo pelos mais necessitados, dizendo que as pessoas que recebem um salário mínimo, ou ainda menos, sentem mais o impacto da atual crise econômica.
De acordo com os Índices de Preços dos Supermercados, os preços dos produtos dos supermercados subiram 2,64% em março, sendo o grupo alimentos o mais afetado pela alta das commodities. Os legumes e as verduras subiram 18,75% e 13,77%, respectivamente. Entre os que mais sofreram com a alta estão o repolho (34,24%), a cenoura (32,23%) e o tomate (41,27%).
O reajuste salarial para 2022 acompanhou a taxa de inflação de 10,06% de 2021, mas os preços superaram esse índice, o que significa que o aumento no salário mínimo não foi suficiente para acompanhar o movimento da economia brasileira. Um levantamento feito pela CNN, com base em dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou que os alimentos subiram 14,8% em março deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O IBGE ainda apontou que os alimentos in natura sofreram com os aumentos, assim como os produtos industrializados, como o café e o óleo, por exemplo. Como os alimentos apresentaram esse aumento superior ao índice de inflação, o poder de compra do brasileiro diminuiu.