Vivemos tempos de globalização, quando as pessoas não pensam duas vezes em sair da sua terra de origem, às vezes, deixando ali a pessoa que ama, à procura de novos ares.
Sabemos que hoje há uma enorme facilidade de se manter um relacionamento.
A internet permite os encontros chamados “virtuais”, que ajudam a manter relacionamentos amorosos com aquela pessoa que não está na mesma região geográfica, ajudando a fazer com que uma relação à distância possa dar certo.
Na atualidade, vive-se relacionamentos efêmeros, infrutíferos e sem conteúdo, e com o avanço da tecnologia, as redes sociais se tornaram os “cupidos” do momento, mas são também aos olhos de muitos, as maiores destruidoras de relacionamentos. Isso porque muitas pessoas resolvem adicionar ou despejar seus problemas e “aparentes desejos”, como postagens, para que todos tomem conhecimento.
Bem, hoje as pessoas vivem uma nova realidade no que diz respeito a relacionamentos, principalmente quando se trata de pessoas que optaram por um relacionamento à distância.
Antigamente, em muitos casos, num relacionamento à distância, algumas pessoas se sentiam deslocadas e perdidas apenas no tempo/espaço. Essa distância se tornava uma espécie de “concorrente” da solidão, salvo em alguns momentos, nos quais eram surpreendidos por um telegrama ou uma cartinha de amor. Isso era exclusividade dos casais apaixonados e dedicados, que se mantinham firmes numa espera angustiante e motivadora, pois seriam um dia, um casal feliz. Afinal eram as promessas e expectativas do amor para um relacionamento.
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Hoje, a maioria das pessoas se tornaram fúteis em seus relacionamentos considerados “descartáveis”. Não se alegram mais com a magia da espera de um reencontro e não pensam em proteger e defender o amor, com a sua importância, porque querem apenas o imediatismo do “prazer”.
Não podemos afirmar, entretanto, que isso seja a realidade na vida de todos os casais que vivem distantes, que vivem num relacionamento à distância.
Algumas pessoas lidam com o relacionamento a distância de forma diferente. Pensam apenas nos momentos que passarão juntos e que se repetirão no momento oportuno – estarem juntos, dormirem abraçados, resolverem problemas de modo que satisfaça as expectativas de ambos – como referencial de paciência. Isso ajuda a controlar a ansiedade da espera e manter os sentimentos intocáveis. É claro que, às vezes, poderão aparecer, impulsivamente, desejos contrários, mas nada que não seja resolvido com um telefonema, uma mensagem carinhosa, ou mesmo uma visita ao velho álbum de fotografias. Aí tiramos alguns minutos para pensarmos e reorganizarmos os pensamentos. Pronto! Recobramos as nossas forças e aguardamos por ele (a).
Há uma complexidade quando tratamos de relacionamentos à distância porque temos que aprender a lidar com a ansiedade, a saudade e alguns medos que atormentam a nossa alma. Claro que, de alguma forma, bate aquela curiosidade que podemos chamar mesmo de ciúmes. De querer saber onde a outra pessoa está, sem deixar transparecer que está pegando no pé, mas isso faz parte do relacionamento, mesmo que estivéssemos sob o mesmo teto. Nessas horas não podemos perder o equilíbrio.
Bem, para testar a resistência de um relacionamento à distância, o casal tem que provar que o que existe é AMOR. Esse a distância jamais poderá derrotar ou exterminar.
Acredito que barreiras físicas não serão impedimento para um compromisso verdadeiro. Afinal, depende das nossas escolhas. Caso contrário, continuaremos vivendo com a filosofia de marinheiro. Então, basta apenas um sentimento de cumplicidade.
Pode ser que a felicidade more bem distante, ou bem ao nosso lado e nem percebemos.
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