Em algumas cidades de Portugal, existem os “Banco do Tempo”, que nada mais são do que bancos que funcionam de maneira diferente da convencional. Neles, a verdadeira moeda não é o dinheiro, como estamos acostumados, mas sim o tempo.
O objetivo desses bancos é promover a união e a felicidade das pessoas através de serviços de trocas de ações solidárias. O dinheiro é trocado por tempo para que os moradores possam realizar serviços uns aos outros. Muitos tipos de serviços estão incluídos nas trocas, por exemplo: limpezas, trocas de lâmpadas, cursos de idiomas, roupas passadas, consultas médicas.
O banco funciona assim: cada membro oferece e recebe um serviço. Por exemplo, você pode oferecer uma aula de idioma para uma pessoa que não tem condições de pagar pelo serviço e, depois, receber um serviço em troca de outro membro, uma consulta médica, por exemplo.
Cada serviço prestado é pago com um “cheque do tempo”. A pessoa que ofertou o seu serviço deposita um cheque, que é creditado em sua conta, e a partir desse cheque tem o direito a serviços oferecidos pelos outros membros do banco.
O tempo de serviço é igual para todas as áreas. Por exemplo, se alguém prestou uma hora de serviço, tem direito a receber o mesmo tempo em outro serviço do qual precise. Isso torna o sistema de funcionamento igualitário e justo para todos os “clientes”.
Algumas informações disponíveis no site do Banco do Tempo:
“Através das trocas e dos encontros, o Banco de Tempo enriquece o mundo relacional das pessoas que nele participam, joga um papel importante na recuperação, em novos moldes da solidariedade entre vizinhos e no combate à solidão; favorece a colaboração entre pessoas de diferentes gerações, proveniências e condições sociais. Contribui também para o desenvolvimento e partilha de talentos e facilita o acesso a serviços que dificilmente poderiam ser obtidos, dado o seu valor de mercado. O Banco de Tempo suscita questionamentos e incentiva mudanças no modo como vivemos em sociedade”.
Os Bancos do Tempo existem em Portugal há mais de 10 anos e, desde então, contribuem muito para a construção de um relacionamento mais harmonioso e justo entre os habitantes das cidades portuguesas.
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Direitos autorais da imagem de capa: Globo