“Um país se faz com homens e livros.” (Monteiro Lobato)
A Literatura é um instrumento de conhecimento. E o que este concede ao indivíduo? Concede saber, ciência, sobriedade, visão, sabedoria e transformação.
Vocês concordam que, o indivíduo em posse dessas características e atributos, detém o poder? Que possui nas mãos o controle da vida, das ideias, experiências, idas e vindas?
Eu parto da seguinte premissa: quem tem a mente ativa, e busca, pesquisa, corrobora, discorda, reverbera, cria e analisa, possui o arsenal completo para ser o autor, protagonista, condutor e agente renovador da própria vida.
Quem tem o saber, a educação, a instrução e o ensino consegue mover-se pelo mundo, pela realidade, sem estar preso, condicionado, amarrado, imerso em mitos, contradições e senso comum.
Concebo a Literatura como uma faceta, um meio, a ponte, um instrumento para a liberdade, é uma mão que o puxa do ermo, do sombrio, da escuridão, do fechar mental medíocre.
Monteiro Lobato nos diz que um país se faz com homens e com livros, exatamente porque os livros, símbolo do conhecimento e da informação, conferem poder, domínio, força e autoridade.
Quem lê, quem viaja pelas letras e se lança nos vazios textuais para imprimir suas próprias visões, está abraçado ao poderio, ao reinar, ao mandar, ao subjugar.
Não foi à toa que, na Idade Média, a Igreja Católica agiu repressivamente e impediu de todas as formas que a sociedade possuísse acesso aos livros e à leitura. Assim procedeu por saber da grandeza do conhecimento e do que isso poderia significar dentro de um povo.
Mentes vazias transformam-se em corpos fracos, voláteis, manipulados, dirigidos, postos no cabresto. Mentes pensantes formam pessoas críticas, indagantes, inconformadas, posicionadas e bem fincadas na razão.
Por isso, a Literatura de fato municia, equipa e reveste o ser humano de poder, de vida, de razão, de emoção…enfim, de amor.
Porque o amor é a maior força do Universo e cada pensamento impregnado de amor torna-se invencível!
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