A educação infantil provoca dúvidas na maioria dos pais e responsáveis que, na busca por acertos, sentem-se num beco sem saída, sem saber do que os filhos precisam!
Grande parte dos pais e mães têm dúvidas quando o assunto é a criação dos filhos. Tentando não errar, às vezes, nós nos deparamos com tomadas de decisão que nem sempre vão agradar a todos.
Mas a verdade é que não existem atalhos, quando falamos de educação, pois as crianças chegarão à idade adulta e precisarão ter uma base sólida, se quiserem ser indivíduos essencialmente bons e prestativos.
Nem tudo o que imaginamos para o futuro das crianças se concretiza, isso porque as expectativas que depositamos nelas, por vezes, têm mais a ver com nossos sonhos do que com o que elas realmente precisam. Um dos melhores caminhos para que as crianças se tornem adultos independentes é a abordagem do assunto ainda na primeira infância.
A autonomia é parte importante da engrenagem da cidadania. Ao mesmo tempo em que precisamos de pessoas boas, é necessário cultivar a independência, para que mais pessoas possam enxergar com clareza o que o mundo tem a oferecer.
E incentivar a independência desde cedo não significa negligenciar os cuidados infantis, mas sim atentar para as necessidades específicas de cada criança.
Se uma delas tem dificuldades, por exemplo, em ficar longe dos pais, o melhor caminho não é abandoná-la à própria sorte, para que tenha de lidar com seus monstros sozinha.
Isso é mais prejudicial do que benéfico, em longo prazo, e a maioria dos pais nem sequer tem estômago para obrigar os filhos a fazerem algo que os deixa com medo. Exercitar a autonomia, nesse caso, é justamente passar confiança para o infante de que a distância não é algo ruim e que você sempre estará lá quando ele precisar.
Isso significa que precisamos fortalecer os laços com as crianças, para que se sintam seguras o suficiente para se desprender, pouco a pouco, dos adultos.
O medo que elas sentem não deve ser diminuído, pois cada pequeno ponto de conflito que apresentam se relaciona diretamente com o momento em que estão, seja no desenvolvimento neurológico, seja na socialização.
Ouvir o que seu filho tem a dizer, quais as suas angústias, o que motiva seu medo, a chorar e a procurar os pais ou responsáveis fazem com que, no futuro, ele se sinta pronto para alçar voo sozinho.
Muitas vezes, os pequenos não encontram espaço na rotina caótica dos adultos, sentem-se diminuídos, pormenorizados, precisando gritar para serem ouvidos e, mesmo que os gritos resultem em brigas e castigos, eles querem ser enxergados.
Assim como qualquer outro indivíduo, as crianças têm vontades, sonhos e desejos. O caminho para a independência requer um olhar, ainda nos anos iniciais, carinhoso e afetuoso para suas necessidades afetivas e emocionais. Um adulto bem resolvido não é aquele que aparentemente está feliz com tudo o que lhe acontece, mas aquele que sabe agir com segurança diante das dificuldades.
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