Parece que todo dia temos que escolher alguma coisa. De fato, isso é verdade. Por mais simples que sejam as escolhas do cotidiano, elas estão ali nos testando diariamente.
Precisamos escolher a roupa que vamos vestir, se vamos almoçar ou pular a refeição, a que mensagem responder primeiro no Whatsapp, o que dizer ao chefe se chegarmos atrasados, o que comprar para o aniversário daquele primo que mal vemos, gastar com a passagem ou tomar um sorvete e voltar a pé. Entre tantas outras, escolhas são o que não nos faltam.
Mas alguma vez você escolheu ser feliz?
Estamos tão ocupados com a nossa vida financeira, em mostrar ao outro que estamos bem no emprego e podemos pagar o passeio do final de semana. Queremos comprar aquela roupa – mesmo que não seja necessária- para nos sentirmos bem, por estarmos na moda. Temos o cuidado de não entrar na rede social quando aquela pessoa mandou mensagem e não queremos responder. Temos que escolher qual desculpa usar para não ir a um lugar que não queremos, para ir em outro a qual estamos realmente a fim. Perdemos tempo criando desculpas para não magoar uma pessoa, que está agindo errado conosco e não conseguimos brecá-la. Enfim, perdemos mais tempo escolhendo do que usufruindo de nossas escolhas.
Raramente nos deparamos com pessoas realmente felizes. Pessoas que pouco escolhem usam o que sentem bem, almoçam o que tiver para comer, entram nos aplicativos de mensagens e respondem se quiserem, falam a verdade na empresa ou dizem qualquer coisa e não se martirizam por isso, compram um vale presente ou perguntam na lata o que a outra pessoa quer ganhar, sem o menor constrangimento, voltam a pé com seus sorvetes de chocolate com cobertura extra, derretendo no sol e sujando as mãos. Pessoas que com emprego ou sem, vão a passeios quando querem – se têm dinheiro gastam, se não têm arranjam outra forma de se divertir – e vão onde querem ir, e se são convidados a dois lugares, não inventam nada, apenas escolhem o que mais agrada.
Não criam desculpas, falam abertamente sobre o que incomoda, evitando sofrer no futuro.
Somos livres e podemos agir de forma que não haja cobrança, que não nos sufoque, mas estamos sempre escolhendo coisas que mascaram a realidade.
Nós escolhemos empregos errados, para manter a nossa condição financeira ou para sermos bem vistos em sociedade. Escolhemos qualquer amor, qualquer amizade para nos acompanhar, apenas por medo da solidão.
Optamos por estar bem vestidos, bem vistos, bem infelizes – em outras palavras – apenas para sustentar o nosso ego. Entre tantas outras coisas, a felicidade é o bem que menos escolhemos.
Permita-se escolher ser feliz! Esqueça os julgamentos ou o que você acredita ser o correto para ser aceito.
Na dúvida, o que o faz sorrir é a chave de tudo! O que os outros pensam é problema deles.
A cada dia, mais um dia se vai… cabe a você escolher se será vivido ou desperdiçado!
Direitos autorais da imagem de capa: David Calderón on Unsplash