Relacionamento: são duas pessoas imperfeitas que fazem o melhor que podem para ficarem juntas.
Esta é a melhor definição de um relacionamento bom, para mim. Porque é REAL.
Nós nos apaixonamos por alguém, na maioria das vezes, porque esse alguém preencheu nossos pré-requisitos visuais, atraiu-nos fisicamente. Não sabemos se ele ou ela, é ativista do Greenpeace ou faz trabalho voluntário com idosos. Nosso primeiro ímpeto é ativado pela beleza.
Mas… a frase é velha e clichê, mas continua valendo: A BELEZA NÃO PÕE A MESA. E o AMOR depende de muitos outros fatores, para acontecer.
Não adianta nada ser só bonito. Um sorriso lindo com uma alma feia. Corpos preenchem camas, mas não corações. O coração precisa de outro tipo de estímulo. A beleza física, cansa; enjoa. Uma alma bonita torna-se cada dia mais bonita, quanto mais a conhecemos e esse é o verdadeiro amor nessa vida. Não aquela paixão desmedida que se vai tão subitamente quanto veio.
O amor é crescente, permanente. Embora não seja, necessariamente, ebulitivo todo o tempo, ao contrário da paixão, que ferve tanto que evapora.
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A engrenagem de um relacionamento afetivo é delicada, e para que ela funcione sem emperrar, é preciso estar atento e realizar manutenção periódica e preventiva!
Ela só funciona com as duas peças principais encaixadas, ou seja, mesmo que se queira amar por dois, na prática nunca funciona.
Os dois têm que estar empenhados em fazer dar certo. A vontade de se estar junto tem que ser maior que o orgulho. O ego tem que se calar e, muitas vezes, há de se abdicar do troféu de campeão da discussão, em prol da harmonia.
Amor é um tabuleiro esquisito… quem ganha, nem sempre ganha e quem perde, às vezes, torna-se o grande vencedor.
Relacionamento é troca; parceria, acima de romantismo. É um fazendo o melhor que pode, quando dá e o outro tendo a plena certeza disso. São os dois lados de uma balança, equivalente.
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Nenhum pode pender mais que o outro, senão, o lado em suposta desvantagem, vai se tornar muito cobrador e carente e o lado que está “ganhando”, sentir-se-á pressionado e injustiçado. Por isso, a pesagem tem que ser constante e VERDADEIRA.
É mais que a obrigação cotidiana dos afazeres domésticos, das satisfações e rigidez com horários; é sobre o comprometimento emocional, a disposição, a capacidade de entrega. Amor é alquímico e altamente reagente. O resultado dessa alquimia depende do que nós adicionamos a ele. Se colocamos ciúmes em demasia, ele explode. Se não colocamos nem 1 gotinha sequer, ele não mistura. Se adicionamos expectativas demais, ele se transforma em carência, se colocamos expectativas de menos, ele desanda por completo. Amor é um troço que quanto mais se dá, mais rico fica. Quanto mais dividimos, mais ganhamos!
O amor é a matemática dos loucos!
Porque há de se ser louco para querer doar-se a outro alguém. Para fazer questão de ficar, quando se tem o mundo inteiro. Para se viciar num beijo… beijos são piores que drogas. Falta de abraço, daqueles braços amados, provocam crises de abstinência seríssimas. Só os loucos amam com maestria. Ciências exatas não resolve a equação. Porque não se ama com a razão..
Um relacionamento são duas pessoas que decidiram ficar juntas, MESMO QUE… e não “ao menos que”, pois um relacionamento bom é incondicional, não tem que precisar de muitos motivos para existir.
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Ama-se o outro pelo modo que ele nos faz sentir, pela sensação que a sua ausência nos provoca, muito mais pelo que a sua presença é capaz de resolver. Ama-se, quando o outro já não possui mais muita coisa para nos oferecer. Ama-se além da serventia.
Ama-se, pois o amor é a pitada de magia no caos do dia a dia. Ama-se pelo que se sabe muitíssimo bem, decorado na ponta da língua, e muito mais pelo que não se dá para descrever.
Ama-se, às vezes, sem querer, mas fica, somente quem muito quer e quem luta para isso acontecer.
Ama-se porque a sensação provocada no encontro dos pés frios debaixo dos lençóis à noite, supera, instantaneamente, todas as desavenças recém-passadas.
Ama-se por tudo que se diz ao outro, tudo de bom que se ouve e principalmente por tudo aquilo em que os olhos roubam da boca e transformam as palavras em coisas inúteis para se dizer.
Ama-se pela paz que o outro proporciona à mente e ao espírito e por toda a inquietação que que deixa o corpo… e pelo vice-versa que, de vez em quando, acontece.
Um bom relacionamento, é aquele que, mesmo com todas as diferenças e perrengues rotineiros, a gente ainda deita na cama, todas as noites, e agradece!
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