Em uma live, a atriz revelou o caso. Sua filha Lara tem apenas 8 anos e foi xingada por um colega de classe.
O racismo infelizmente está enraizado e latente na população brasileira, embora seja considerado crime. É de lamentar que atitudes racistas sejam perpetuadas por crianças. A atriz Samara Felippo relatou um triste episódio que aconteceu com sua filha Lara, de 8 anos.
Em uma live, a artista revelou que, na escola onde a menina estuda, um colega de classe a xingou de “negrinha chata”. Lara ficou tão envergonhada, que só conseguiu contar para a mãe uma semana depois do acontecido.
De acordo com informações do Catraca Livre, Samara disse que até sentiu uma “taquicardia momentânea” ao ouvir o relato da filha e ficou indignada com o ocorrido. Ela perguntou se a filha estava bem e lhe recomendou que, quando isso acontecesse, falasse na hora para a professora.
A atriz continuou seu relato, dizendo que a filha deveria entender que o menino branco precisa aprender que o que ele fez é crime. Pediu ainda que ela argumentasse que, se ele não pagar, seus pais vão pagar por isso. Samara decidiu enviar um e-mail para a escola sobre a situação constrangedora à qual sua filha foi exposta e exigiu que a instituição falasse com os pais do garoto.
Afirmou que precisa ter uma resposta positiva da sociedade, e não vê isso, já que um garoto branco, na escola, que se diz inclusiva e antirracista, repetiu um padrão dos pais. Argumentou ainda que crianças como sua filha mais nova e tantas outras pretas deixam de ir para a escola porque são feridas na primeira infância, atravessadas pelo racismo.
Samara disse que ficou muito nervosa com a situação e viu o quanto sua filha é forte. Quando lhe perguntou se ela tinha se ofendido, se estava bem ou se se sentiu humilhada, a garotinha respondeu que apenas ficou com vergonha de falar na hora.
A atriz quis então ensinar à filha que é necessário que essas coisas sejam faladas no momento em que acontecem, para que os professores fiquem sabendo e o corpo docente tenha capacidade de resolver a situação racista, além de que é importante que o menino aprenda também. Samara concluiu que recebeu resposta da escola por e-mail, dizendo que chamaram os pais e o estudante para conversar a respeito do ocorrido.