A OMS (Organização Mundial da Saúde) comunicou que, 33% da população mundial sofrem de ansiedade, e, o Brasil tem aparecido entre os primeiros da lista nessa organização. A previdência social soltou uma nota que em nosso país, os transtornos mentais são a terceira razão para afastamento de trabalho.
Fobia Social, Agorafobia e Síndrome do Pânico. Qual é o caminho da cura?
Não é de hoje que ouvimos falar sobre a ansiedade, revistas, na internet, na televisão, nos círculos sociais, aonde quer que você esteja esse assunto está sempre em pauta, o mundo aos poucos vem adoecendo, aos poucos de forma constante, não consigo acreditar que a depressão e os transtornos mentais são o mal do século como muitos dizem por aí, se avaliarmos cuidadosamente a história da humanidade, podemos observar que essas doenças sempre existiram, talvez, de uma forma mais mascarada, talvez ainda de uma forma mais isolada, mas sempre existiu. Posso dar alguns exemplos:
- Vincent Van Gogh: Famoso por quadros como “A noite estrelada e A cadeira de Van Gogh”, ele sofria com transtornos mentais, além disso ele fez uso abusivo de absinto que corroeu o seu cérebro desencadeando a ataques epiléticos. Em uma de suas crises, ele decepou sua orelha esquerda.
- Edgar Allan Poe: Escritor famoso por suas histórias de terror, sofria de transtorno bipolar.
- Ludwig Van Beethoven: Brilhante compositor, sofria de transtorno bipolar. Beethoven tinha períodos de muita alegria e excitação e cheio de energia seguido por momentos de pura tristeza vazio e depressão, para amenizar as crises ele utilizava álcool e drogas.
- Abraham Lincoln: Ex presidente dos EUA, ele era descrito como um indivíduo com tendências melancólicas, tinha crises de depressão profunda e ficava debilitado com muita frequência, alguns afirmam que ele tentou cometer suicídio.
- Sir Isaac Newton: Um dos maiores gênios de todos os tempos ele era conhecido também por transtornos mentais, era uma pessoa de difícil convivência, apresentava mudanças constantes de comportamento e humor . Alguns autores dizem que ele tinha transtorno bipolar e esquizofrenia
(Fonte Revista Superinteressante)
Como podem perceber a doença esteve presente em vários períodos, são pessoas em épocas diferentes que sofriam pela mesma causa, depressão, transtorno mental, bipolaridade e etc. Vale ressaltar que coloquei pessoas “famosas” pois não adiantaria contar a história do Joãozinho das Couves, é importante saber que a doença sempre existiu, suas causas, suas raízes podem ser de inúmeras formas, por hereditariedade, modificação cerebral, algum trauma violento que desencadeou a doença, os fatores são inúmeros, mas sim, existe a possibilidade de controle para tudo isso.
Quanto ao termo ansiedade, devemos ter em mente que, ela tem várias ramificações, no artigo de hoje vou abordar três delas, que são: Fobia Social, Agorafobia e Síndrome do Pânico, antes de aprofundarmos ao tema vamos nos apropriar um pouco sobre o que cada uma delas desencadeia em nosso corpo e mente.
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- Síndrome de Pânico ou Síndrome do Pânico: Ele é um tipo de transtorno de ansiedade onde ocorrem crises inesperadas de desespero, angústia, medo intenso de que algo de muito ruim vai acontecer, ainda que não haja perigo eminente. Quem sofre dessa condição conta com algo ainda mais delicado, não só o fato de ter a doença o doente pode ainda criar um círculo vicioso pois, ele pode ter medo de ter recaídas, e a sensação de medo e pânico acontecem com mais frequência em espaçamento de tempo bem curto, muita das vezes o doente acaba desencadeando a síndrome por ter medo que ela apareça em sua vida, e isso acaba por atrapalhar sua rotina do dia a dia, levando a pessoa a ter medo de perder o controle, enlouquecer, morrer ou ter ataque cardíaco.
- Agorafobia: Transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo intenso de estar em lugares, cujo a fuga seria embaraçoso. Ex: Aviões, ônibus, elevadores etc. Quem sofre de agorafobia pode ter medo extremo de sair de casa e a condição manifesta em sintomas físicos intensos de medo e ansiedade. A doença é considerada como uma fobia específica, por exemplo alguém que tenha medo de elevador, ele vai manifestar esse medo quando precisar usar o elevador, fora isso aparentemente o transtorno não se manifesta em algo que não seja específico para os que são diagnosticados com a agorafobia.
- Fobia Social: Ser tímido é muito comum e normal, ter o nervosismo e ansiedade de falar em público pode se considerar normal, muitas pessoas passam por isso o que diferencia uma pessoa “saudável” ou não é que os que possuem fobia social não tem a habilidade em se comunicar com as pessoas, a ideia de ter que ir a uma festa ou qualquer evento social pode lhe causar um medo extremo podendo chegar ao nível da pessoa não querer mais se comunicar e evitar ao máximo qualquer tipo de convívio com os demais.
Então, finalmente, como é possível ter a cura ou pelo menos um controle dessas condições?
É fato que, muitas pessoas são relutantes ao uso da medicação, por várias razões, algumas não acham ou não admitem que tem a doença, ainda que diagnosticada por um médico psiquiatra, outros porque não querem intoxicar seus corpos com medicações, e ainda além, muitos tem medo da dependência que esses remédios podem causar, porém, muitas pessoas conseguiram fazer o controle de seus transtornos de forma natural sem o uso de medicação.
- A meditação é um grande aliado, pois ele relaxa seu corpo sua mente te faz conectar com o seu próprio eu, toda vez em que passamos por uma crise, o nosso corpo e nossa mente estão completamente em desequilíbrio estamos fora de si e meditar ajuda muito a recuperar a nossa postura correta o nosso alinhamento entre corpo e mente.
- Para aqueles que querem ousar, o pilates é sensacional, simplesmente porque trabalha muito com a respiração, percebam que, toda vez que está em crise de ansiedade sua respiração fica descompassada, ofegante, ou simplesmente fica difícil respirar direito, porque os níveis de ansiedade estão super altos causando um descontrole mental e emocional e o pilates trabalha a respiração do começo até o fim então, as chances de ficar ansioso se torna cada vez menos frequentes na vida da pessoa, sem contar que ajuda a trabalhar todos os músculos, faz bem para a saúde, para o sono, para a coluna, ou seja um verdadeiro alinhamento entre seu corpo e sua mente.
- Outra coisa que devemos ter na nossa mente, é que estamos totalmente no controle da situação, isso tem que virar um mantra na sua mente, “Eu estou no controle”, “Eu posso”,”Eu consigo” posso te dar um exemplo muito simples do que estou a dizer.
Imagine que está em uma sala de aula, com alguns alunos ali dentro, tudo bem pode ser que você tenha alguma crise, mas pense, você pode, você consegue simplesmente levantar e sair dali, a qualquer momento, você pode se levantar e dar alguns passos. Ou seja, você literalmente está no controle.
Uma psicoterapeuta recentemente deu duas lições chaves que ajudam na cura desses transtornos, ela já alerta de antemão, que o trabalho o exercício deve ser feito de forma constante, devagar e sempre assim você poderá perceber os resultados. Veja abaixo:
Das duas, a lição mais fácil de aprender é que a pessoa fóbica nunca está/fica presa. Basta estar na situação fóbica cada vez mais vezes para fazer com que a situação particular fique menos assustadora.
Alguém pode levantar-se durante o almoço para ir ao banheiro. Alguém pode deixar uma sala de aula, ou um teatro ou igreja. Alguém pode sair de um carro. E dentro de alguns minutos, ou horas, alguém pode sair de um avião.
Mas a segunda lição é mais difícil. Para que um paciente realmente venha a acreditar que ele/ela não vai perder o controle, o paciente tem que entrar propositadamente na situação fóbica na esperança de entrar em pânico.
Em seguida, essa pessoa deve permanecer no local até que os sentimentos de pânico sumam… uma questão de cinco ou dez minutos, ou menos.
Depois que a pessoa em pânico já passou pela experiência de se acalmar, sem sair da situação fóbica por pelo menos dez ou doze ocasiões, essa pessoa já não tem de aceitar a palavra de outras pessoas que ele/ela não vai perder o controle. Essas experiências já são convincentes.
Tudo bem, o que acontece depois? Como que uma pessoa com síndrome do pânico ou agorafobia fica depois?
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Quando a pessoa com pânico ou agorafobia aprende a lidar com o pânico, seus ataques vêm em intervalos cada vez maiores e por um período mais curto de tempo.
Normalmente eles desaparecem para sempre somente após a pessoa já não dar mais tanta importância a eles. Por essa razão, quando seu médico perguntar quando foi a última vez que você teve um ataque de pânico, e você não se lembrar, você pode estar curado!
Quando as duas péssimas ideias descritas acima perderam a importância, o transtorno do pânico desaparece e aquela fobia de ter medo de ficar preso também desaparece.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.