De acordo com um relatório de 2013, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 360 milhões de pessoas no mundo todo sofrem de perda auditiva incapacitante, um número muito alto!
Convivemos com essas pessoas todos os dias, no estudo, no trabalho, nos ambientes sociais, e ainda assim, são muito poucos de nós que sabemos nos comunicar eficientemente com eles.
Muitos lugares oferecem cursos de Libras, que ensinam a Língua Brasileira de Sinais e facilitam a comunicação. No entanto, é preciso que procuremos fazer o que nem todas as pessoas fazem, mas uma nova invenção facilitará a inclusão dessas pessoas no meio social.
A nova invenção é de Roy Allela, homem de 25 anos que trabalha para professores da Intel e da ciência da informação na Universidade de Oxford. Ele tem uma sobrinha de 6 anos que já nasceu com a deficiência auditiva.
Como ninguém na família sabia a linguagem de sinais, era muito difícil a comunicação, e a criança era privada de um relacionamento mais íntimo e especial com todos. Percebendo essa realidade, Roy, de 25 anos, resultou buscar uma alternativa que facilitasse a rotina da família.
Foi assim que ele criou as luvas inteligentes, que transformam os movimentos da linguagem de sinais em áudio.
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Batizada com o nome Sign-IO, a luva criada por Roy possui sensores flexíveis costurados em cada dedo. Esses sensores quantificam a curva dos dedos e processam os sinais. As luvas funcionam conectadas via Bluetooth a um aplicativo de celular, também feito por Roy, que vocaliza as letras e assim permite que compreendamos em áudio a linguagem de sinais.
“Minha sobrinha usa as luvas, ela as usa com o telefone ou o meu, e eu entendo o que ela está dizendo”, diz Roy Allela ao The Guardian.
Ele também testou sua criação em crianças alunas de uma escola de necessidades especiais no condado rural de Migori, no sudoeste do Quênia. Com esse teste, foi comprovada a eficiência das luvas e também que elas funcionam com uma velocidade ideal
“As pessoas falam em velocidades diferentes e é o mesmo que as pessoas que usam a linguagem de sinais: algumas são muito rápidas, outras são lentas, por isso integramos na aplicação móvel para que seja confortável para qualquer um que a utilize”, disse Roy.
Além disso, também é possível configurar a linguagem, o gênero e o tom da vocalização através do aplicativo, e Roy garante que os resultados têm uma precisão que pode chegar a 93%.
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Roy teve a preocupação tornar as luvas o mais confortáveis possível para as crianças, por isso elas vêm em dois modelos: Princesa ou Homem-Aranha:
“Combate o estigma associado a ser surdo e ter um problema de fala. Se as luvas parecerem boas, todas as crianças vão querer saber por que as vestem”, explicou Roy.
Seu projeto está crescendo e Roy tem como novo objetivo colocar dois pares de luvas em cada uma das escolas de necessidades especiais no Quênia. Ele estima que, no mundo inteiro, as luvas possam ajudar 34 milhões de crianças a terem uma melhor comunicação com o mundo ao seu redor e sentirem-se mais aceitas e validadas na sociedade.
Uma atitude que merece toda a gratidão do mundo. Pessoas que dedicam suas vidas a causas muito maiores do que elas são grandes exemplos que devem ser seguidos e apreciados.
Toda nossa gratidão e energia positiva para Roy e seu projeto!
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Direitos autorais das imagens utilizadas no texto: Brett Eloff/Royal Academy of Engineering.