Mesmo com médicos e até seu marido dizendo para Zou Hongyan que ela deveria doar seu filho, por conta de uma paralisia cerebral, ela não renunciou ao seu bebê.
A história aconteceu na província de Hubei, na China, em 1988, quando Zou Hongyan foi dar à luz seu primogênito. Por conta de complicações no parto, o cérebro de Ding não recebeu oxigênio como deveria, o que resultou em paralisia cerebral.
Os médicos informaram à mãe que o menino não se desenvolveria, então ela deveria doá-lo. Até o pai da criança, acreditando que o filho seria apenas um fardo para a família, concordou com a doação.
No entanto, as mães não desistem nunca! Zou ignorou as recomendações dos médicos, divorciou-se do pai da criança e ficou com seu menino.
Para sustentar a casa, Zou chegou a trabalhar em três empregos ao mesmo tempo. Ela fazia tudo o que podia para ajudar o filho – usava jogos para estimular as atividades cerebrais do menino e aprendeu a massagear seus músculos para melhorar seu condicionamento físico.
Não importava a dificuldade, ela estava ali para amparar seu filho, que aos poucos se desenvolvia: aos 2 anos e meio, começou a andar, com aproximadamente 5 anos conseguiu subir as escadas sozinho e, finalmente, aos 7 anos, foi aceito numa escola para crianças não deficientes.
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Para a mãe, ver seu filho indo à escola foi a realização de um sonho; toda sua dedicação estava valendo a pena.
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Ding ainda apresentava muitas dificuldades, ele demorava muito para conseguir completar sozinho as tarefas escolares e as aulas de educação física ainda eram um requisito da escola que ele não podia cumprir mas, em todas essas etapas, sua mãe estava lá e não o deixava desistir.
Já no ensino médio, Ding começou a sofrer com o bullying, pois os outros alunos o ridicularizavam, riam dele e o chamavam de idiota. Mas seus professores viam seus esforços e suas excelentes notas, e o defendiam.
Um dia, um desses professores disse aos alunos: “Por que vocês chamam Ding de idiota, se as notas dele são melhores que as de vocês? Isso quer dizer que vocês devem ser mais idiotas ainda.”
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Com o passar do tempo, todas as ofensas se tornaram admiração e os colegas de Ding perceberam o quanto ele era inteligente. O menino já não se sentia mais intimidado, e se tornou o primeiro da classe, agora já confiava na própria capacidade.
Em 2007, Ding iniciou sua jornada na faculdade. Ele foi aceito na Universidade de Pequim, a principal instituição da China e, apesar de ainda ter alguns problemas físicos, conseguiu se formar em Ciências Ambientais.
Quatro anos depois, iniciou seus estudos na área do Direito, aprendendo sobre o Direito chinês e americano. Em 2015, Ding foi aceito para continuar seus estudos da matéria numa das maiores instituições de ensino do mundo, Harvard, nos Estados Unidos.
Hoje, formado em Harvard, Ding não se esquece de sua mãe, ele afirma que nunca teria chegado aonde chegou se não fosse pela perseverança e determinação de Zou.
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