A família estava voltando da igreja quando uma ambulância colidiu com seu carro. O estrago foi gigantesco.
Alguns acidentes acontecem de maneira tão dolorosa, que acabam fazendo com que mudemos completamente o curso de nossas histórias. Questionar o futuro e se perguntar se o passado foi realmente bem aproveitado é um comportamento comum para quem sofre grandes traumas, principalmente se eles vêm acompanhados de coisas que não conseguimos compreender muito bem.
Experiências sobrenaturais, encontros com Deus e provações espirituais entram no pacote daqueles acontecimentos que poucos conseguem compreender e quase ninguém pode explicar. Saber o que acontece depois da nossa partida faz parte do imaginário de cada um dos cidadãos do planeta, que curiosos com o além-vida criam inúmeras teorias.
Não existe nenhuma comprovação científica, tampouco reprovação. No que você acredita?
A história que vamos contar hoje desafia a lógica e nos mostra infinitas possibilidades de existências no mundo, sendo que algumas nem sequer conseguimos compreender de fato. Em 1997, Julie Kemp, seu marido Andy e seu filho Landon, de apenas 8 anos, voltavam da igreja quando se envolveram em um perigoso acidente. Enquanto passavam por um cruzamento, uma ambulância, que retornava ao seu posto, colidiu com o carro da família.
A batida foi tão grave, que equipes de emergência logo foram acionadas. Julie escapou ilesa, mas seu marido e seu filho não tiveram a mesma sorte. Andy morreu no instante da colisão e, em um primeiro momento, os paramédicos nem sequer viram que existia mais um passageiro no carro, dado o tamanho do estrago do veículo.
A equipe acabou percebendo um pequeno sapato de criança para fora das ferragens e, nesse momento, começou uma grande força-tarefa para retirá-lo dali sem causar mais traumas ao seu pequeno corpo. Assim que conseguiram tirá-lo do que sobrou do veículo, Julie entrou em completo pânico: o filho não respirava e estava muito ferido.
Os paramédicos iniciaram o procedimento de ressuscitação de Landon, que foi imediatamente levado de avião para o Carolina’s Medical Center, na Carolina do Norte (Estados Unidos). O menino ainda sofreu mais duas paradas naquele dia, e a equipe médica precisou preparar Julie para o pior: o filho provavelmente não sobreviveria e, mesmo que o conseguisse, os danos cerebrais o deixariam impossibilitado de falar, andar e até mesmo comer sozinho.
Em entrevista para a CBS, Julie conta que não se importava com as sequelas, contanto que tivesse Landon de volta, já que ele era tudo que tinha na vida. Durante o funeral do marido, enquanto estava sentada no salão, a mãe começou a conversar com Deus, mostrando seu desapontamento e o tamanho da sua tristeza.
Julie não compreendia por que Deus não enviou anjos para proteger toda a sua família, mesmo assim seguia orando pela possível melhora do filho, que estava conectado a máquinas para sobreviver. Sem nenhum sinal de melhora, ninguém sabia ao certo se o caso era irreversível ou não, e a mãe, então, se apegou à incerteza para pedir aos céus que ele abrisse os olhos novamente.
Cerca de duas semanas depois, Landon abriu os olhos, acordando do coma. Para espanto da equipe médica, que estava acompanhando seu caso de perto havia dias, não existia nenhum tipo de dano cerebral. O tamanho da felicidade de Julie jamais poderá ser explicado em palavras, e só encontrava freio quando esbarrava no peso de ter de transmitir a notícia de que seu pai tinha morrido no mesmo acidente.
Tendo muita cautela, tentando não sobrecarregar o filho de informações, Julie perguntou se ele sabia onde o pai estava. Para seu espanto, Landon disse que sabia, já que o tinha visto no céu. Junto com o genitor, estava um grande amigo da família, que tinha morrido no mês anterior ao acidente, e os outros dois filhos de sua mãe, seus irmãos que nunca tinha conhecido.
Julie ficou atordoada com aquelas informações. Antes de conceber Landon, ela tinha passado por dois abortos espontâneos, mas nunca tinha contado para ele. Mesmo assim, ela sabia que ele estava falando a verdade, as informações realmente tinham contato direto com a realidade, ele tinha dois irmãos que nunca conheceu.
Landon conta que, na terceira vez que teve uma parada, ficou cara a cara com Jesus, que lhe disse que teria que voltar à Terra, ser um bom cristão e espalhar aos demais a Sua palavra. Hoje, já adulto, ele e sua mãe espalham as Boas Novas de Cristo, na esperança de conseguir tocar as pessoas, principalmente aquelas que estão passando por dificuldades.
“Eu sei que estou fazendo isso por Jesus. Eu sei que Ele é real”, disse Landon. “Eu sei que os anjos estão lá. Eu sei que existe um paraíso. Não estou fazendo isso por alguém que não conheço ou que nunca vi. Eu vi Jesus. Eu sei que Ele está aí. Ele me pediu para fazer isso, e é isso que estou fazendo. ”