A questão não é se o seu coração está vivendo e sim se você está vivendo com todo o seu coração.
Esses dias assisti a um vídeo, dessas correntes de amor que circulam na internet, em que um menino chegou da aula triste e preocupado ao descobrir que o coração bate em média dois bilhões e meio de batimentos cardíacos na vida. E que cada batida que sentia era uma a menos que ele tinha.
Sua mãe então o presentou com uma camisa branca. Disse-lhe que era para ele escrever nela todos os momentos que considerasse especiais, e complementou:
“Não importa quantas batidas o seu coração vai dar, mas por quais motivos ele vai bater.”
Ele então registrou a primeira vez que andou de bicicleta, os momentos em que brincou no parque com seus pais, o dia em que plantou uma árvore, a primeira vez que consolou um coleguinha da escola com seu ombro amigo. O momento em que passou na faculdade, o dia em que se formou, o dia em que começou a trabalhar, o momento em que ajudou um desconhecido a trocar o pneu do carro, o dia em que se casou, o momento em que recebeu a notícia que seria pai, o dia em que sua filha nasceu, etc.
A camisa branca significa a nossa vida. Não é sobre quantos anos vamos viver, nem sobre quantas vezes nosso coração vai bater, é sobre o que vamos deixar registrado nela.
O que você já deixou registrado em sua vida? Por quais motivos o seu coração já bateu e continua batendo? O que o leva a levantar da cama todas as manhãs? O que você já conquistou e o que ainda deseja conquistar?
Será que estamos vivendo e valorizando os momentos especiais para nos lembramos deles quando a tristeza bater à porta? Ou para lembrarmos deles como emocionantes histórias para contar para nossos filhos e netos?
O que aconteceu de especial em sua vida em dez, cinco, um ano? O que aconteceu de especial nesta última semana? Quantas vezes você sorriu hoje?
Se considera que teve poucos momentos especiais, ou até nenhum, que tal começar a criar esses momentos a partir de agora?
Somos autores da nossa própria jornada. A vida não é apenas um ciclo de dormir, acordar, trabalhar ou estudar, dormir.
A vida é o que acontece dentro desse ciclo que nos causa emoção, para que as memórias sejam geradas. A questão não é se o seu coração está vivendo e sim se você está vivendo com todo o seu coração.
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