Autoimagem: como ela é formada?
Gosto desta metáfora que citarei: “Quando nascemos, descobrimos que chegamos numa terra de gigantes. Tudo é muito grande e assustador, mas aos poucos, começamos a confiar em alguns gigantes que são nossos pais, familiares, enfim, as pessoas próximas de nós”.
Quando somos ainda pequeninos, esses “gigantes” são tolerantes conosco, porém, à medida que crescemos, essa tolerância desaparece. Tudo que era engraçadinho, passa a ser desconcertante.
O que acontece de pior é que esses adultos passam a falar coisas que diminuem essas crianças e o que é pior, a criança não tem filtro e acredita em tudo que o adulto lhe diz. Por exemplo, quando os pais estão ensinando tarefa ou qualquer outra coisa, se a criança não entende, começa a chamá-la de burra. Contudo, esse adulto esquece que quem está falando é quem tem que se fazer entendido e não quem está escutando. O emissor tem que ser claro para que o receptor o entenda. E muitas outras coisas negativas, essas crianças escutam durante esse período, e acreditam, tomando como verdade o que esses gigantes dizem.
Durante os primeiros anos de nossa formação, se algumas necessidades não são satisfeitas, abrem-se esquemas, e consequentemente, as crenças que passamos a ter, são verdades absolutas.
Portanto, se eu acredito que sou feia, desengonçada, que não tenho atrativo algum, é essa imagem que vou passar para o mundo e a profecia se autorrealiza. Eu passo para o mundo como me vejo. Especialmente na adolescência, queremos ser amados e aceito por todos, então criamos um personagem que acreditamos ser o ideal. Passamos a sufocar nosso EU REAL, e vamos projetando esse EU IDEAL. Acreditamos tanto nesse personagem, que desconhecemos quem realmente somos.
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Quando decidimos a mergulhar no nosso íntimo, para descobrirmos quem realmente somos, esse encontro é mágico e prazeroso.
Todos nascemos com uma essência boa, porém, o “mundo” vai nos moldando (porque permitimos) de uma forma distorcida. O que é sensacional, é que, tudo o que é negativo, ou seja, nosso lado sombra, foi adquirido na nossa infância, quando nós não tínhamos filtro para saber separar o que é real do que é dito da boca para fora. Aprendendo a separar tudo isso, e permitindo um mergulho interior, passamos a desfrutar de uma vida mais rica e feliz. Vou fazer algumas perguntas para saber se você está vivendo um personagem, ou seu EU real.
“Características do EU dissimulado”
*Como você gosta de ser visto?
*Que aspectos da sua personalidade você espera que as pessoas percebam em primeiro lugar?
*O que é mais importante que todos saibam a seu respeito?
Características do EU negativo
(Lembrando que, os traços negativos não lhe pertencem, eles foram programados em sua mente quando você era criança, e ficaram registrados em uma memória que você não gosta de acessar. Lembre-se: eles não lhe pertencem).
*Qual o oposto de cada um dos traços do seu EU dissimulado?
*Quem é a pessoa que você menos e por quê? (a percepção baseia-se na projeção, ou seja, o que desaprovamos no outro é o que tememos encontrar em nós mesmos)
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Características do EU real
*Quem você é realmente desperta a sensação de voltar para casa, ou seja, você gosta da sua companhia, gosta de ficar com você?
*Quem você é quando ninguém está olhando?
*Se você se sentisse totalmente seguro, o que faria de maneira diferente?
*Quem você seria se não sentisse nenhum medo?”
(Extraído do livro: Mude sua vida em sete dias. Paul Mckenna Ed. Sextante)
Se nas características do EU real, você não teve dificuldade em responder, parabéns, você está vivendo uma vida completa e satisfatória, porém, se você descobrir que não é bem assim, desafio você a assumir seu EU VERDADEIRO para que possa enfim, viver uma vida saudável e feliz.
Assumir quem realmente somos, sermos o nosso único juiz, e não o outro, aprender a nos amar, acolher, aceitar não tem preço. Ter a tranquilidade de dizer ao outro: o que você pensa a meu respeito é um problema seu e não meu. E de verdade, não importar com o julgamento alheio, você estará desenvolvendo Gestão/Inteligência Emocional. Agindo assim, não acumulará lixo emocional, porque não haverá espaço.
Torço muito pela humanidade. Acredito que é possível com boa vontade e dedicação, termos qualidade de vida. Amor por si e amor pelo próximo. Gratidão!
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