Um estudo apontou riscos de ingerir alimentos próximo da hora de repouso.
Depois de um dia cansativo na rotina puxada de trabalho, estudos, manutenção da casa entre outras tantas responsabilidades que carregamos, o que mais queremos na hora de descansar é comer algo, mesmo que não seja uma comida muito gostosa, mas que ao menos nos saciedade.
No entanto, por conta da correria imposta pelo cotidiano da maioria, nem sempre podemos cumprir os preceitos de uma alimentação saudável e um sono regulado. Converse com qualquer um, é muito provável que ele confessará que está dormindo mal ou se alimentando de forma desregrada, isso se não estiver fazendo os dois.
Precisamos fazer cada vez mais coisas em menos tempo, o que significa que algum ponto de nosso bem-estar será sacrificado. Infelizmente, essas questões deixadas para trás, na maior parte das vezes, são as essenciais para o nosso bem-estar e, consequentemente, nossa produção. Se você deixar de se exercitar, comer mal e dormir pouco, as chances de adoecer aumentam, e um funcionário doente não produz tão bem quanto um saudável. É uma lógica contraproducente, mas que ainda não é bem disseminada entre trabalhadores e patrões.
Para aprimorar seu bem-estar, atitudes devem ser tomadas, mas da maneira correta. Por exemplo, nada adianta você se inscrever numa academia, mas não seguir as orientações do instrutor ou ir para a cama na companhia do celular ligado. Da mesma forma, é preciso encontrar a melhor maneira de adequar uma alimentação mais saudável à sua realidade.
E se você quer um ponto para já repensar sua dieta, atente para o horário que está comendo, principalmente a última refeição do dia. Um estudo apontou que comer à noite, muito tarde, cerca de duas horas antes de dormir, pode aumentar os riscos do desenvolvimento do diabetes.
A pesquisa foi conduzida pela professora da universidade espanhola de Múrcia, Marta Garaulet, com colegas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e do Hospital-Geral de Massachussetts, em Boston, também nas terras do Tio Sam.
O estudo indicou a chance de 50% do desenvolvimento da doença neste cenário, pois jantar em horário muito próximo ao da hora de dormir diminui a tolerância do corpo à glicose, principalmente em pessoas com uma variante de risco genético no receptor de melatonina, chamado MTNR1B.
De acordo com informações do portal R7, isto ocorre porque a melatonina endógena, que é produzida à noite, quando o sono se aproxima, está envolvida nas alterações da glicose que ocorrem no metabolismo.
Quem tem a variável genética — MTNR1B — tem a secreção de insulina em menor escala pelo pâncreas quando comem muito próximo da hora de dormir por conta da presença dessa melatonina. De acordo com os resultados, na presença de alimentos, a melatonina faz com que o pâncreas reduza a produção de insulina, o que aumenta os níveis de açúcar no sangue, facilitando o desenvolvimento da diabetes no indivíduo.
Estudos anteriores da professora Garaulet já apontavam para alguns riscos da refeição ao fim do dia. Comer duas horas antes de dormir e descansar para o próximo dia pode representar um risco, pois a melatonina, hormônio responsável pelo sono, começa a ser produzido cerca de meia hora antes do horário em que a pessoa está acostumada a repousar.
A principal inovação desse estudo em comparação com os demais que a professora já produziu sobre o assunto está na relação entre o funcionamento da insulina no pâncreas e a melatonina.
Fique atento ao horário do seu jantar e procure um profissional de nutrição para ajudar na jornada por uma vida com mais saúde.