Uma adolescente de 12 anos foi hospitalizada em Coari (AM) depois que seu pai foi preso por abusar dela desde os cinco anos. A adolescente, que está grávida, recebeu atendimento médico na última sexta-feira (14).
Detalhes do caso
De acordo com o delegado José Barradas, da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, a jovem está grávida do próprio pai e foi internada para realizar um aborto legal, devido ao risco à sua vida caso a gestação continue.
Barradas destacou que o suspeito frequentemente ameaçava a filha e a impediu de participar de atividades externas, como ir à escola, nos últimos três anos.
Os abusos eram diários e acompanhados de violência psicológica. A vítima era chantageada com passeios e lanches para não revelar os abusos que sofria. Após a prisão do autor, a vítima foi acompanhada pela mãe e pelo Conselho Tutelar até o Hospital Regional de Coari. Após passar por exames, foi constatado que a adolescente estava grávida explicou o delegado.
Revelações chocantes no depoimento
Em seu depoimento, a jovem revelou que os abusos começaram quando ela tinha cinco anos. Ela também afirmou que sempre que estavam sozinhos em casa, o pai a estuprava.
“Ela (filha adolescente) afirmou que sua mãe não sabia dos abusos e que, após os atos, o autor sempre lhe dava remédios anticoncepcionais e a ameaçava para que não contasse à mãe sobre os abusos”, acrescentou Barradas.
O suspeito foi preso em flagrante e indiciado por ameaça, cárcere privado e estupro de vulnerável. Ele permanecerá detido durante o processo judicial.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
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O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.