O nada pode fazer uma diferença ‘daquelas’ em alguns aspectos de nossas vidas. Ele pode dizer muito das pessoas.
Estamos acostumados a ter que estar sempre pensando em algo, realizando algo, criando alguma coisa para mostrar que damos sentido à vida ou que precisamos ser úteis ao mundo ou a quem quer que seja.
Mas que utilidade é esta? A vida para ser aproveitada exige que estejamos sempre na ativa? É quase certo que não.
A questão aqui não é a anedonia, que é a falta de prazer pela vida, mas simplesmente gostar de, às vezes, não ter obrigação de nada.
Apenas se aquietar do agito que se instala na mente e fora dela.
Em uma entrevista ao Programa Fabio Porchat, Marília Gabriela revelou que gostava de fazer nada. Adorei a revelação da Gabi que disse que aguenta fazer nada.
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Eu penso muitas vezes como ela. Que fazer nada, não produzir, apenas usufruir do momento é delicioso.
Parece que pessoas que fazem muito querem competir com pessoas que fazem tanto quanto elas. Para quem não sabe, fazer nada já se tornou um movimento aqui no Brasil e em vários países. Aliás, os italianos são mestres na arte de fazer nada. Descobriram o botão ‘desliga’.
Mas ter esta atitude é para os fortes, para os que não se culpam. Que não querem recuperar mais tarde o tempo destinado ao ócio porque o instinto da competitividade é severo e persistente. É ótimo resistir ao tudo ao mesmo tempo agora.
Se você é do tipo que adora elencar a lista de coisas que faz em um dia, em uma semana ou em um mês e aluga o outro para ouvir a sua incrível capacidade de não parar quase 24 horas no dia, saiba que você é uma pessoa neurótica.
Tem quem precise fazer isto para falar que fez. Relaxe. Fazendo isso, você deixa os neuróticos alardeados porque pensam que precisam fazer mais porque o mundo não para.
Você precisa saber que tem poder sobre o seu tempo. E tem o tempo de parar.
Fazer nada é uma forma de entrar em contato consigo mesmo. Ouvir nossos vazios, nossos excessos, refletir numa onda de paz e boas energias, sem se martirizar.
É uma oração com a própria mente e o corpo. É o descolapso da alma. E é bom demais!
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