Muito ouvimos sobre estar “na vibração certa” ou na “frequência certa”, mas, o que será que isso realmente significa?
As duas palavras são tão relacionadas com a capacidade de manifestar nossos desejos em nossas vidas físicas, mas será que realmente sabemos o que elas significam? Afinal de contas, é muito difícil trabalhar com algo que não compreendemos.
É comum pensar que conceitos místicos ou religiosos estão muito longe da Ciência, mas, quando comparamos os dois mundos, temos uma escolha, que é a de ver as semelhanças ou as diferenças. Eu convido todos a buscarem as semelhanças, a construírem pontes e não muros.
Vamos entender um pouco mais sobre o que significa, afinal de contas, vibrar de forma correta?
Primeiro precisamos compreender o que é uma vibração e uma frequência. Vibração é qualquer movimento que se repete, de forma regular ou irregular, dentro de um período de tempo. Quando observamos galhos de uma árvore em movimento, pela força do vento, o seu ir e vir pode ser considerado uma vibração.
A frequência é uma medida que nos diz quantas vezes um evento ocorreu em um ciclo de tempo, por exemplo, quando falamos que o coração bate a 80 vezes por minuto, queremos dizer que a frequência do coração daquela pessoa é de 80 movimentos em cada minuto.
Sim, mas o que tudo isso tem a ver com manifestação e lei da atração? Bom, ao utilizar como exemplo árvores e corações já quis dar uma dica, pois tudo que nos cerca, de uma forma ou de outra, possui frequência ou vibração, de uma forma ou outra.
Não é fascinante pensar que cada átomo e molécula de nosso corpo está vibrando e possui uma determinada frequência, neste exato momento?
E se fosse possível alterar a vibração e a frequência, quais seriam as consequências?
Perguntas fascinantes, que vamos explorar em um artigo escrito em quatro partes. Aqui, no primeiro artigo, apresento algumas ideias que são importantes para continuar a pensar sobre como alterar vibração e frequência pode ser algo essencial para alcançar nossos objetivos em vida.
Primeiro fato relevante: nosso cérebro possui estados de funcionamento, que são relacionados com a frequência com que as células cerebrais estão disparando impulsos elétricos. Vamos conhecer cada um deles!
O estado Beta, com uma frequência entre 14 a 40 hertz, é quando nosso cérebro está em estado de total alerta, vigilância, com propensão ao uso da lógica, do raciocínio. Quanto mais a frequência se aproxima de 40, mais tais características ficam reforçadas, o que nos ajuda a entender porque tantas pessoas estão cansadas e nervosas, afinal, sabendo que adultos costumam estar em beta, podemos imaginar o que é viver um dia inteiro em estado de alerta, sempre julgando o universo de forma lógica e crítica.
O estado Alpha, entre 7.5 a 14 hertz, é associado com o relaxamento, um fluxo criativo de pensamentos, geralmente presente quando estamos adormecendo e tendo algumas formas de sonho. O estado Alpha também é muito importante, pois é um estado no qual as defesas racionais do cérebro estão menos ativas, abrindo espaço para a voz de nossa intuição. É em Alpha também que geralmente meditamos, sendo também uma ótima frequência para a reprogramação mental, já que, sem as defesas em alerta do estado Beta, nossa mente fica naturalmente mais propensa a receber sugestões.
O estado Theta, com frequência entre 4 a 7,5 hertz, é o estado associado com a meditação profunda. É em Theta também que, durante o sono, nossos olhos se movimentam rapidamente, o chamado sono REM (Rapid Eye Movement), que é considerado extremamente reparador para o corpo. Quando uma pessoa consegue experimentar o estado Theta, sem perder a consciência, em geral a descrição é de uma grande alegria, um sentimento de conexão com o universo, quando os “olhos da mente” visualizam as imagens mais belas. Aprender a trabalhar com o estado Alpha e Theta, assim como a fronteira entre eles, é um passo crucial para a manifestação de nossos desejos.
Por fim, temos o estado Delta, com frequência entre 0,5 a 7,5 hertz, no qual temos o sono mais profundo de todos. É um estado de extrema importância para a regeneração do corpo, e é também o estado no qual o Inconsciente está mais livre para se manifestar. Entretanto, conseguir atuar de forma consciente em estado Delta costuma demandar mais prática, o que o torna objeto de exercícios mentais e espirituais mais avançados.
Ótimo, já sabemos que nosso cérebro funciona com frequência e vibração. Agora fica a questão, e se fosse possível mudar o estado cerebral, e passar momentos em Alpha, Theta e até Delta, sem perder a consciência, será que isso seria importante?
Podemos pensar em algumas ideias iniciais, como, por exemplo, o fato de tais estados permitirem maior acesso a intuição, ou seja, será que aquele problema que o preocupa não deveria ser melhor explorado em um desses estados? Também sabemos que em tais frequências os mecanismos de defesa racionais estão menos ativos, ou seja, se você gostaria de acrescentar um pensamento, mudar uma forma de pensar, não seria mais fácil começar em uma dessas frequências?
Por fim, sabemos que tais estados estão relacionados com o relaxamento, e, já que vivemos em um mundo estressante, não seria interessante experimentar uma regeneração corporal e mental, em tais estados?
Encerro com estes questionamentos, que continuaremos a discutir nas outras partes do artigo.
Lembre-se, será que você se beneficiaria com uma mudança de frequência cerebral? E talvez até de outras frequências, como a dos objetos de sua casa?
Até a próxima parte!
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