8 itens para você avaliar se seu relacionamento é “bateu, levou” com 8 iniciativas saudáveis. – O veneno emocional de uma relação começa no ciclo da reatividade.
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Quando se perde a medida do agir para o reagir, tudo vira motivo de discussão e reações fora do normal se tornam um padrão.
Algo falho e sempre colocado em prática é o esquecimento no que diz respeito à capacidade que as palavras têm de marcar, ferir, machucar, abrir janelas de memórias ruins já instaladas e trazer sentimentos piores que estavam escondidos.
Algumas atitudes podem impulsionar o ciclo da reatividade mais conhecido como “bateu, levou”:
1) Não saber ouvir e já querer responder ao outro.
Isso vem codificado com a ideia de ter sempre a razão ou o famoso “estou sempre certo”. Você simplesmente não está ouvindo o outro, quer discutir, se impor e fazer valer a sua “verdade”.
2) Falar querendo ofender ou magoar.
Acontece com o fim dos argumentos e da paciência. Muitas vezes um dos lados pega muito pesado para se colocar e o outro não sabe mais o que fazer. Neste momento as ofensas e até coisas mal resolvidas de outras situações serão literalmente arremessadas na mesa.
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3) Acreditar que o outro sempre está errado.
Quando um dos lados tem histórico fica complicado acreditar na mudança ou em algo novo. A mente sabotadora dá atenção imediatamente ao que já aconteceu e o outro mesmo que prove o contrário já está sentenciado: culpado!
4) Não entender a diferença entre diálogo e briga.
Voz moderada, pouca gesticulação, parar o que se está fazendo e dar atenção exclusiva ao assunto e evitar escapismos do tipo: hoje não estou afim, estou cansado para discutir, ou o famoso “de novo” são fundamentais para não virar briga.
5) Ter mania de passar sermão com tudo que acontece.
Ouvir sempre as mesmas coisas em relação a mesma situação é extremamente cansativo. Tudo vira motivo para se “pregar” ou discursar sobre o próprio ponto de vista. Um disco arranhado com uma cacofonia terrível. Cuidado…
6) Tirar conclusões precipitadas sobre o outro sem a inteligência de perguntar de forma amorosa.
É rápido! Passa um filme na sua cabeça e você já vira júri, juiz e promotor. Sua mente montou o palco e você deixou a peça rodar. Tudo isso pode ser trocado por uma abordagem gentil e amorosa.
7) Criar um tipo de concorrência do mal.
Ele me fez isso, logo, tenho que fazer aquilo. Eu preciso criar um padrão de vingança justiceiro para me sentir ou manter por cima.
8) Delegar a terceiros o poder de solução.
Terceiros que na maioria das vezes não gerenciam seus próprios sentimentos e relacionamentos. Não são exemplos, não tem ou vivem o exemplo mas querem aconselhar, dar opinião ou vender achismo.
A lista do bateu levou é grande. Mas existem atitudes pequenas e poderosas para romper este ciclo.
1) Ouvir sem responder imediatamente. Seja ponderado nas palavras.
Se pergunte se a sua resposta vai machucar ou ofender. Se for, reformule. Duas vidas, dois mundos e duas experiências precisam de bom senso, concessão e paz para um alinhamento a dois.
2) Ter clareza para a solução do conflito sem estender o embate.
Brigas são jogos de soma zero. Nenhum dos dois ganha, pelo contrário, as perdas são colossais e os danos emocionais acumulativos e dolorosos.
3) Saber a hora de parar e pedir desculpas.
Você não precisa estar errado para se desculpar. Isso ameniza o choque e abre espaço para a melhoria da situação. Na dúvida peça perdão e amenize o stress da memória traumática de brigas anteriores.
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4) Um excelente recurso para questão de brigas vs diálogos item é saber esperar o momento certo de abordagem para o diálogo.
Resolva com você primeiro com as perguntas certas:
– Porque isto está me incomodando?
– Isso é realmente da relação ou o estado emocional ruim é meu?
– Como eu gostaria que isso fosse abordado comigo?
5) Não tire conclusões!
Nossa mente é traidora e condicionada a nos jogar na dor dos estados emocionais de coisas que não aconteceram. Quando algo se passar na sua mente diga a você mesmo: Obrigado por compartilhar! Deixe a cena se diluir e tire a limpo suas emoções.
6) Olho por olho e dente por dente cria uma gama de relacionamentos cada vez mais doentios.
Se seu parceiro ou parceira fez algo que lhe desagradou, pagar na mesma moeda o torna desagradável também. Modere e converse.
7) Conselhos vem da experiência própria do dia a dia, do ser, fazer e ter.
Uma pessoa amargurada e sem relacionamentos não está apta a aconselhar, apenas palpitar com direito a ponto de vista (amargo) e pitadas de achismo. Achismo não faz primavera. Blinde-se destas pessoas e procure pessoas com relações saudáveis para se abrir e te aconselhar.
8) Para romper de vez o perfil de relacionamento bateu levou, lembre-se de 3 pontos importantes da relação:
– Como eu me apaixonei por ele(a)?
– Como foi nosso primeiro beijo?
– Qual era nosso propósito de relacionamento?
Com amor e sem medo, sempre!
Pra cima!
Jorge Scritori