O segredo dos casais felizes é justamente supor que cada dia é um novo dia e não se reduzem jamais a uma sucessão de dias iguais.
Pequenas coisas são o mais importante em um relacionamento. Os casais felizes não são os mais ricos, Não são os que mais postam fotos ou os mais festejados nas redes sociais. Podem ser. Mas não é regra. Nem receita.
Um mural com muitas fotos só me diz uma coisa: alguém, ou ou dois, tiveram tempo e paciência para publicar fotos e se dedicarem a tornar visuais algumas memórias. Mas essas memórias podem ser inventadas. Uma foto pode significar muito ou não. Depende do momento em que foi feita e a intenção envolvida.
Os casais felizes não precisam estar sempre de malas prontas e passarem viajando ao redor do mundo e suas vidas se tornarem um álbum virtual de uma revista de viagens.
Nem muito menos estarem nas colunas sociais ou receberem todas as semanas os amigos dando festas e jantares.
Não lembro-me dos meus amores que já passaram, quase nada. Mas lembro das pequenas coisas. São estas as que nos ganham e ficam como memória boa para os próximos relacionamentos.
Lembro-me de ganhar uma rosa todos os meses durante um primeiro ano de namoro, sempre no dia alusivo ao nosso primeiro beijo. Uma prova singela de carinho, o suficiente para ser lembrada mesmo depois de tantas outras memórias vividas.
Mas esqueço de tudo o que a maturidade e o tempo me ensinaram a deixar ir. Esqueço os tempos maus, as disputas para ver quem estava mais certo. Já não tem importância se o lençol da cama está esticado ou não. Já não faz mais diferença de para onde iremos nas férias ou que filme vamos ver.
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Conseguimos ser felizes com o suficiente. O que nos leva a questão de investigar o que seria o suficiente. Na verdade o que é suficiente é quando somos felizes exatamente com o que temos. Nem mais nem menos. Não significa que é errado querer mais ou querer menos.
A questão está no entendimento de que casais felizes o são com o que têm, e essa medida é variável.
E aprendi que o mais essencial que não pode faltar é a compreensão de que o outro também tem quereres. Tais quereres podem ser diferentes e andar em direções opostas, mas jamais desrespeitadas ou impedirem o direito do outro. Um equilíbrio a ser buscado juntos. E mesmo que andem em caminhos diferentes, podem ainda andarem juntos.
Entretanto, não há uma fórmula mágica ou a busca pela pedra filosofal que vai resolver ou garantir que vai dar tudo certo. No filme há duas pessoas que se amam o suficiente para supor viverem e compartilharem suas vidas, com disposição que precisa ser alimentada todos os dias com vontade para fazer dar certo. Nessa perspectiva, são capazes de transformar qualquer dia cinza em dia de sol. Combinaram um café juntos e o bar está fechado? Ótimo! Vamos ao cinema! Caminhar ao luar! Ver um filme juntos! Qualquer programa será prazeroso. A felicidade e o prazer andam de mãos dadas quando se tem disposição a aceitar que as recordações não passam de um fio de pensamento. Tanto para as boas quanto para aquelas que queremos esquecer.
A leveza com a qual tratamos as coisas que nos acontecem é que vão determinar a maneira como vamos reagir e guardar aquilo que nos acontece.
O importante é carregar consigo a paciência e a vontade. É preciso alimentar estas duas todos os dias. Sejam em dias chuvosos ou depois de um dia estressante de trabalho. Seja quando imprevistos acontecem ou quando a vida cai naquela sucessão de dias que parecem iguais.
O segredo dos casais felizes é justamente supor que cada dia é um novo dia e não se reduzem jamais a uma sucessão de dias iguais.
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Há felicidade no amor sincero e dedicado como deve ser.
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