Kevin nasceu com uma condição rara, a parte do cérebro que conecta os dois lados nunca chegou a se formar. Os médicos sempre acreditaram que ele jamais teria uma “vida normal”.
Existem algumas condições que desafiam as probabilidades médicas. Casos raros, que os profissionais de saúde não compreendem como os pacientes superam, como eles conseguem viver, apesar de os diagnósticos afirmarem o oposto.
Dia após dia vamos confirmando que, na verdade, o corpo humano é complexo, composto de matéria, mas que segue surpreendendo cientistas e médicos.
Kevin nasceu com agenesia do corpo caloso, uma condição raríssima, que faz com que as fibras nervosas do cérebro não se formem corretamente. O corpo caloso serve para conectar os hemisférios cerebrais (direito e esquerdo), permitindo a transmissão de informações entre eles. É uma doença congênita e acontece quando existe uma ruptura na migração de células cerebrais durante o período gestacional.
Esse distúrbio raro assustou os médicos, que logo informaram para os pais de Kevin que ele jamais viveria uma vida neurotípica, talvez nunca andasse ou falasse.
O susto da família não foi capaz de transpor o desenvolvimento e aprendizado de Kevin, ele sempre superou todas as estatísticas médicas e, conforme entrevista à página do Facebook Special Books by Special Kids, em 2016, ele vive uma vida perfeitamente normal.
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Um dos sintomas que, com frequência tem, é a perda de memória, que o faz esquecer nomes e algumas situações, mas isso nunca foi um empecilho para ele.
Aos 18 anos, Kevin foi aprovado na Universidade do Tennessee (EUA), um momento de puro orgulho, emoção e que contraria ainda mais as previsões médicas. Ainda não existem explicações da ciência para superação de todas as barreiras, principalmente porque o distúrbio do jovem é extremamente agressivo.
A agenesia do corpo caloso é, comumente, assintomática, mas pode provocar convulsões, atrasos no desenvolvimento cognitivo e motor, deficiência visual e auditiva, dificuldade para comer, engolir e falar, problemas na aprendizagem, entre outros. O principal objetivo da organização Special Books by Special Kids é apresentar pessoas neurodiversas ao mundo, mostrando que as diferenças existem, em busca de um mundo mais inclusivo.
A organização sem fins lucrativos começou seu trabalho em 2016, na escola onde Kevin estudava, e ele foi um dos primeiros entrevistados para a página, mostrando um pouco de sua vida e falando de suas experiências. Quem o entrevistou foi um de seus professores favoritos, Chris, que sempre enfatizou que a inclusão deve ser feita em todos os espaços.
A organização, com o apoio de Chris, luta para facilitar o processo de inclusão das crianças neurodiversas no espaço público e privado, desde as escolas até as residências. Quando falamos de “inclusão”, não estamos nos referindo apenas a rampas de acessibilidade para cadeirantes, é claro que isso também faz parte, mas incluir verdadeiramente pessoas com deficiência inclui enxergá-las como de fato são, suprindo suas necessidades.
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Assista ao momento em que o jovem descobriu que havia sido aprovado na faculdade:
Kevin agora tem outra jornada a cumprir: a faculdade. Torcemos para que ele se transforme em um ótimo profissional.
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