Meditação é tudo de bom, mas há também perigos.
Por melhor que algo seja na vida, sempre há riscos.
Vamos ver aqui os possíveis riscos da meditação para evitá-los e ter uma prática saudável.
Veja aqui meu vídeo sobre este tema.
Mas é importante fica ciente de possíveis problemas que podem surgir na prática de meditação, especialmente quando é feita de maneira errada, ou fora de um contexto maior de compreensão e evolução da consciência.
O primeiro tipo de problema reportado é de natureza puramente física e incluem cansaço, tontura e dor de cabeça.
Muitas vezes isso tem a ver com a má respiração no ato de meditar, ou uma postura malfeita ou inconfortável por falta de prática.
Outra reclamação mais comum são sentimentos ruins, emoções desagradáveis. Isso é perfeitamente compreensível. Meditação, afinal, é normalmente prática introduzida na vida daqueles que finalmente decidiram encarar seu eu interior, depois de muito tempo desprezando-o.
Imagine que você ficou no desleixo e não limpa sua casa há meses. Quando finalmente for limpá-la, não será moleza, não é? Vai ter coisa muito encardida, fedida e feia saindo da casa. Com nossa mente é assim também.
Ainda mais desagradáveis são os sentimentos de depressão e desmotivação que surgem em raros casos em alguns praticantes. Isso acontece porque no processo de despertar há uma profunda mudança de visão da vida. Começamos a enxergar uma outra realidade, antes ignorada, só que mais profunda e real. Isso faz com que a vida mundana se mostre pelo aquilo que ela é, uma sequência efêmera de ações que, na superfície, não fazem sentido ou satisfazem o “eu”.
Sem compreender como conectar o dia a dia a alma, compreensivelmente pode-se criar uma sensação de tristeza, de estar perdido, e, por isso, perder a motivação para agir num teatro aparentemente sem sentido.
Essa sensação de ter descoberto, mesmo que inconscientemente, outra realidade, às vezes, leva a um sentimento ainda mais forte, de quebra com a realidade.
Cria-se uma sensação de estar desconectado com a realidade, como que perdido na existência, algo equivalente a estar flutuando à deriva no espaço.
O yoga alerta que esta não é a realidade última. Como exemplificado no filme clássico “Matrix”, a filosofia do yoga deixa claro que tem uma outra realidade superior, a ser descoberta pelo yogi.
E aí que chegamos num ponto importante. Quem já entra neste mundo da meditação armado destes conhecimentos acima citados e outro mais, reduz enormemente ou elimina as chances de experimentar estes sintomas negativos.
Viajar é tudo de bom. Mas viajar sem noção alguma do que vai encontrar pode ser bastante desagradável e até perigoso.
Quando vamos iniciar esta viagem para nosso eu interior, devemos nos armar de todo conhecimento possível. Devemos ir acompanhados de um guia experiente, o guru, que nos prepara para o que vamos encontrar.
E meditação não existe num vácuo. Sempre enfatizo este ponto.
Meditação é uma de várias ferramentas poderosas dentro de um contexto muito maior. É importante entender o caminho todo e avançar nos diferentes campos de perfeição simultaneamente.
Mais do que isso, o tipo de meditação a ser praticada também altera muito a experiência e os resultados. Uma meditação muito vazia, sem foco, pode acentuar os sentimentos de oco, de desmotivação e de quebra com a realidade. Já a meditação que eu ensino, a meditação mântrica (japa), tem um foco bem específico, um significado, que ajuda a direcionar a mente para a transcendência de forma doce e segura.
Recomendo que você aprenda o processo completo e seguro de praticar meditação e avançar no caminho de autoaprimoramento e autorrealização.
Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segredo: 123rf / evgenyatamanenko