Nos dias de hoje, a paciência é uma das características mais raras, pois vivemos em mundo extremamente imediatista e nos tornamos intolerantes e ansiosos.
Qualquer coisa que nos demande paciência nos faz reconhecer que não estamos no controle.
Esperar é um verbo que faz parte das nossas vidas desde sempre. Nove meses para nascer, doze meses para o primeiro aniversário, dezoito anos para a maioridade, cinco anos (em média) para a conclusão de uma faculdade.
Nessa corrida maluca que vivemos, diariamente, desaprendemos a esperar. A velocidade nos tira a calma. Nós nos irritamos, se a conexão com a internet está lenta, se na fila do banco há uma pessoa não tão ágil como nós, se não respondem imediatamente nossa mensagem no WhatsApp.
Demonstramos toda a nossa impaciência em ter que esperar nossas crianças, que possuem ritmos diferentes de nós e já nem escutamos o que o outro fala, apenas esperamos nosso momento de falar.
Essa impaciência gera impulsividade, ansiedade, gera insatisfação e angústia.
Passamos tudo isso para as próximas gerações, que dificilmente enfrentam uma fila ou têm que aguardar por algo, têm um momento de ócio, sem se sentirem frustradas e entediadas.
Tudo é tão imediato! O desenho que quer assistir, a comida que quer comer. Está tudo nas mãos deles e isso os faz pensar que podem ter tudo a hora que querem.
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Não, nem tudo está sob o nosso controle. O tempo não está sob o nosso controle. Tento pensar em toda “grande espera” como um teste aplicado por Deus. É nesse momento que nos recolhemos à nossa “insignificância” diante de tudo que é tão maior que nós. É nessa hora que somos obrigados a reconhecer que existe um “Senhor do Tempo”, e que nem sempre as nossas vontades coincidem.
Paciência é exercício. E, como todo exercício, exige disciplina. Se quisermos deixar gerações melhores para esse mundo, temos que ensinar, e ninguém ensina algo que não sabe.
Tudo parte de nós. Isso significa que teremos que deixar para trás alguns hábitos e reaprender outros.
É necessário resgatar o comportamento dos nossos antepassados. Ter calma e, com isso, sermos mais compreensivos e sábios.
Gerações que entendiam o valor de cada minuto de nossas vidas, que não voltam mais.
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