Não havia nenhuma ambulância à disposição, então a parteira resolveu improvisar e arrancou uma porta para conseguir levar a gestante para uma clínica.
Em algumas regiões do planeta, alguns recursos e privilégios não alcançam todas as pessoas. Não precisamos nem ir muito longe para perceber do que estamos falando, não são todos, por exemplo, que têm uma casa para morar, um teto para se proteger do sereno. Tampouco são todos que têm acesso aos recursos mais elementares, como comida, água, saúde, educação, saneamento básico, entre outras questões.
Por mais que no Brasil inúmeras pessoas reclamem da saúde pública, a pandemia nos mostrou de maneira escancarada que sem os hospitais públicos, postos de saúde e UPAs, mais pessoas teriam morrido esperando vagas ou em busca de exames.
Diferentemente também de outros países do mundo, como Estados Unidos, aqui, quando um indivíduo nasce, ele é registrado, ganha um cadastro de pessoa física e o número do sistema de saúde, que é gratuito.
Existem algumas comunidades, como em Kumasi, Gana, que nem sequer energia elétrica chega às clínicas hospitalares, e as ambulâncias não dão conta de pegar os pacientes, quando existe uma ambulância.
A auxiliar de enfermagem Wendy Boatemaa Ofori registrou um momento de extrema necessidade, mas também de muita resiliência e determinação.
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No dia 15 de abril, a jovem fez uma publicação em seu Facebook, comemorando a existência da melhor parteira da sua região. Além de sua longa trajetória auxiliando parturientes do local, a mulher também é conhecida por improvisar os materiais com que ajuda suas pacientes. A postagem mostra a parteira transportando uma paciente numa porta de madeira, como se fosse uma maca.
![Para ajudar mãe a dar à luz, parteira não mede esforços e usa porta como maca para carregá-la!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2021/05/3-2-Para-ajudar-mae-a-dar-a-luz-parteira-nao-mede-esforcos-e-usa-porta-como-maca-para-carrega-la.jpg)
A importância da mulher na região é reconhecida por todos que se envolvem e tentam ajudar como podem nos atendimentos. Na ocasião do registro, em uma área de difícil acesso, ela arrancou a porta de uma casa para transportar a paciente para uma clínica, onde faria o parto. Sem nenhuma ambulância no local, ela precisou carregá-la nos braços, com ajuda dos moradores da região.
Como se a situação toda já não tivesse adversidades demais, Wendy ainda conta que na clínica da parteira não há energia elétrica e precisa de muitos reparos e novos equipamentos e produtos médicos.
Fazendo o que pode, com o que tem, a parteira é reconhecida por todos na região pela sua importância e resiliência, buscando sempre o melhor para suas pacientes e seus filhos que chegam ao mundo.
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![Para ajudar mãe a dar à luz, parteira não mede esforços e usa porta como maca para carregá-la!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2021/05/3-3-Para-ajudar-mae-a-dar-a-luz-parteira-nao-mede-esforcos-e-usa-porta-como-maca-para-carrega-la.jpg)
Algumas regiões do mundo são, de fato, hostis, mas não por conta de sua fauna e/ou flora, mas porque as oportunidades não chegaram ali. A igualdade e a garantia de que todas as pessoas do planeta tenham seus direitos básicos respeitados é algo com que todos devem se preocupar. Mesmo que a parteira tenha um importante papel em sua comunidade, ela poderia trabalhar muito melhor se tivesse o mínimo na sua região.
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