Escolher a pessoa com quem você quer dividir a sua vida é uma das decisões mais complicadas e uma das mais importantes!
Se eu pudesse, pularia essa escolha. Mas a tentação é grande e, quando percebemos, estamos lá com as cartas nas mãos a escolher.
Quando dá certo, a sua vida vai ser o que você queria que fosse. Mas quando não dá certo, quando escolhe errado e se decide pela pessoa errada, o colorido da sua vida se apaga e pode passar muito tempo e você nem notar.
Vai notar quando? Provavelmente quando por algum motivo o outro escolher ir embora ou então, quando acordar um dia, numa manhã qualquer, e olhar para o lado e perceber que andou pelos caminhos com a pessoa que parecia certa no início mas que acabou se tornando a pessoa errada com o passar do tempo. É complicado.
E agora, a pergunta que tantos se fazem: Para onde mesmo que foram todos aqueles anos ou meses que achávamos estar no caminho certo?
Nenhum indício? Nenhum aviso?
Às vezes, quando escolhemos, não somos escolhidos. E, então, o que se passa depois disso é aquela busca desenfreada para tentar esquecer esse amor rejeitado. A busca pela pessoa ideal é um fardo muito pesado para sair por aí carregando e passar às pessoas que você vai tentar amar e se convencer de que é a pessoa perfeita. Aquela pessoa perfeita que o rejeitou e determinou o padrão ideal da sua busca.
Entretanto, é preciso um esforço para romper esse círculo vicioso. Essa dor autoimposta. Não é justo consigo nem muito menos com o outro. O coração fica fechado e não importa mais se a pessoa que está ao seu lado é a pessoa que vai fazer você feliz. Porque você não quer essa, quer aquela que não o quis!
É bem possível que até reconheça que está mesmo ao lado da pessoa perfeita para si nesse momento. Que seja mesmo muito feliz. Porque há mesmo muitas maneiras de ser feliz, muitas pessoas terão essa capacidade de nos fazerem felizes.
Muitos finais felizes podemos encontrar ao longo da nossa vida. Mas no fundo, sempre diremos: ela não é ela. Ele não é ele. E, então, terá sempre uma meia felicidade, olhando por cima do ombro sempre que tiver oportunidade, para ver se a encontra.
Dói, no mais fundo da nossa alma, mas é necessária essa libertação. Deixe ir essa utopia, que como já diz no seu significado, não existe.
Liberte-se de querer algo que não existe e, se existiu, não existe mais porque nada permanece o mesmo ao longo do tempo. Só vive na sua cabeça e nada mais. E isso só pode acontecer se permitirmos que aconteça. Não adianta irmos até o mais longe que conseguirmos. Não adianta atravessar o oceano. Namorar e casar muitas e muitas vezes. Desprezar esse sentimento que é a nossa essência: o amor.
Podemos fechar as portas e as janelas da nossa alma. Contudo, como a água, que sempre faz o seu caminho, encontrará espaço para te alcançar e te fazer lembrar quando menos quiser lembrar.
Portanto, inspire-se, tome maior quantidade de coragem que tiver e, num ato de amor verdadeiro por si mesmo, liberte-se e deixe ir.
É, de fato, um salto a dar, talvez no escuro, mas é preciso. Um salto que não é uma queda, embora pareça, mas é um ato de fé e confiança. Nesse caso, um ato de confiança em si mesmo e na sua capacidade de rompimento com o que passou. Somente um salto assim nos dará a chance de voar outra vez. E, nesse vôo, permitir-se ser feliz, sem olhar para trás.
Não. Não diga nada. Simplesmente vá em frente. Caminhe olhando para o presente com a intenção de construir um futuro. É ruim quando somos rejeitados. Mas, mais ruim mesmo é quando não atendemos às expectativas do outro com as quais não podemos argumentar porque estão presas a alguém que está no passado e já não existe mais exatamente como era, no aqui e agora.
Pior ainda é quando somos nós que impomos isso ao outro. Então, não deixe que a pessoa com quem está seja o tesouro do outro. Que seja você a ser feliz agora!
Direitos autorais da imagem de capa: wallhere.com / 888320