Conhecida na sua cidade como a senhora que troca casas de papelão por comida, muitas pessoas tentam ajudá-la, oferecendo o que têm para que não passe fome.
Um dos direitos mais básicos e fundamentais do ser humano é ter acesso a uma alimentação de qualidade. Todas as pessoas precisam se alimentar, e não deveriam existir restrições ou imposições quanto ao tipo de refeição a depender da classe social. Mas é perceptível que a maioria da população pobre não consegue comer adequadamente.
A fome se intensificou durante a pandemia ,e segundo dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Penssan, mais da metade da população brasileira não tem acesso pleno e permanente a alimentos.
A insegurança alimentar grave chega a afetar 9% da população, o que significa que 19 milhões de brasileiros estão passando fome.
Os dados foram coletados entre os dias 5 e 24 de dezembro de 2020, enquanto o auxílio emergencial ainda era de R$ 300 por indivíduo e R$ 600 para mulheres chefes de família.
Neste ano, a situação mudou completamente, o que acende um alerta ainda maior sobre os dados, que devem ser muito maiores.
Mas a fome atinge pessoas em inúmeros países, como na Cidade do México, onde usuários de uma rede social compartilharam a história de uma idosa que fazia casas de papelão para trocar por comida.
A foto, compartilhada mais de 4.100 vezes, mostra uma senhora de cabelos brancos, usando uma máscara rosa, exibindo uma mesa cheia de pequenas casinhas de papelão, semelhantes às casas de bonecas que vemos nas lojas de brinquedos. Na frente dos seus produtos, uma placa: “Troco por comida ou o que puder me oferecer. Obrigada.”
A mensagem era um pedido de ajuda, a idosa não possui outra fonte de renda e faz as casas para conseguir sobreviver, trocando pelo mais básico de todos os itens: comida.
A imagem foi compartilhada no Twitter de Tere Vela, passando o endereço onde as pessoas poderiam encontrar a avó para ajudá-la.
Os usuários demonstraram total empatia e solidariedade à senhora, prometendo ajudar com o que pudessem. Um dos seguidores afirmou que ela se chama Guadalupe e que é uma senhora muito trabalhadora, que ama os netos acima de tudo.
Outras famílias decidiram ir ao local e comprar os produtos daquela idosa, outras não tinham como ajudar no momento, mas compartilharam a história para que ela se tornasse viral.

A solidariedade que todos demonstraram foi enorme e a maior preocupação era que ela e sua família pudessem ter comida suficiente para não passarem fome.
Além de alimentos, a idosa aceita produtos de limpeza, higiene pessoal e dinheiro, mas a refeição é o mais importante, por isso costuma pedir, na maioria das vezes, itens da despensa básica, como arroz, feijão, macarrão.
As casas são feitas com muita delicadeza e materiais simples, mas que são usados com muita criatividade. Para a estrutura, Guadalupe usa o papelão comum, que corta com um estilete; para as janelas, usa materiais diversos, como palitos, pedaços de tecido, como a renda, que simulem cortinas, tinta para as paredes e papelão com textura diferente para o telhado.