Ter uma personalidade honesta, confiável e puramente amigável. Talvez todos nós desejemos ter esse tipo de reconhecimento por parte dos nossos contatos.
Você se considera uma pessoa leal? A resposta para essa pergunta compete exclusivamente a você.
No dicionário, lealdade significa respeito aos princípios e regras que norteiam a honra e a probidade. A palavra tem origem no termo ”legalis”, que em latim remete ao conceito de lei. Inicialmente, designava alguém em quem era possível confiar e cumpria suas obrigações legais, ou seja, alguém que não falhava com os seus compromissos, demonstrando responsabilidade, honestidade, retidão, honra e decência.
Já a antropologia classifica a lealdade como uma espécie de mecanismo de sobrevivência, pois em um passado remoto, o fato de receber a ajuda e o apoio dos membros do grupo era algo fundamental para sobreviver.
Obedecer a todas as regras, não se deixar corromper, atender àquilo que lhe é determinado em um processo qualquer. Embora pareçam pequenas e simples, são essas atitudes que classificam uma pessoa como leal.
E, ao contrário do que você está pensando agora, não são atitudes fáceis de ser executadas no nosso dia a dia. A correria imposta pela rotina acaba nos forçando a criar pequenos atalhos que, de certa forma, impactam no cumprimento do exercício da lealdade.
Agora, responda rápido: você tem discordado de certos atos e seguido seus princípios?
A fidelidade está ligada ao cumprimento de uma norma, enquanto a lealdade está fundamentada em uma relação mútua de confiança. No entanto, esse conceito tem suas raízes em algo mais profundo. As pessoas leais, acima de tudo, sabem respeitar os próprios princípios.
Agem sempre com base nos próprios valores e são fiéis ao que consideram correto e justo, mesmo tendo razões que justifiquem outros caminhos.
A psicologia indica que pessoas leais não podem ser forçadas a agir, já que são regidas pelo próprio instinto da confiabilidade, seguindo suas regras, escolhas, decisões e comportamentos.
A lealdade também consiste no respeito, desde que seja para consigo mesmo, como – e talvez principalmente — ao outro, como o(a) seu(sua) parceiro (a) de relacionamento amoroso ou de trabalho.
O casamento é um exemplo de relação que demanda constante lealdade. É preciso estar sempre à disposição do(a) parceiro(a) e nunca, em hipótese alguma, se deixar levar pela quebra desse compromisso.
Também tem a ver com a confiança, saber que, mesmo afastado daquela pessoa com quem teve uma história passada, não irá prejudicá-lo no futuro por puro egoísmo, ciúme ou mágoa.
Saber se comportar no seu local de trabalho, obedecendo à política interna da empresa e até mesmo dentro de casa, com sua família, onde se executam os tradicionais rituais religiosos que passam de geração para geração, são outras tarefas executadas por pessoas consideradas leais e fiéis.
Lealdade está também na amizade, de um amigo para com outro, de um filho para com seu pai ou mãe. Está ainda no cuidado em compreender o outro, respeitá-lo e aceitá-lo da forma como ele é.
A pessoa leal sempre cumpre o que promete, faz o que diz que fará, independentemente do que aconteça no meio do caminho. Não se deixa levar pelo egoísmo e está sempre disposta a estender uma mão amiga quando necessário for.
Com a evolução da sociedade, a mudança de comportamento e dos costumes, hoje em dia há quem defenda que a figura da lealdade se tornou rara. Mas, na verdade, a lealdade nos tempos atuais é um ideal, um talento, uma escolha individual que fazemos quando decidimos como vamos nos comportar perante a sociedade.