Pedir ajuda envolve deixar para trás um orgulho bobo que transparece fraqueza, incapacidade.
Alguém aí já precisou de uma forcinha ou de um “caminhão de forças” e travou totalmente ao tomar a iniciativa para fazer um pedido?
A coragem desapareceu, o medo se tornou gigante, as coisas começaram a parecer mais complicadas ainda?
Pedir ajuda envolve deixar para trás um orgulho bobo que transparece fraqueza, incapacidade. A gente quer fazer tudo – ou quase tudo – sozinho, dar conta, segurar as rédeas da situação, mas dificilmente consegue.
Temos dificuldade de demonstrar que precisamos resolver algo, e compartilhar isso pode ser complicado e até doloroso, especialmente quando a ajuda precisa ser pedida a alguém que não tem intenção de colaborar ou o faz de má vontade.
Ah o incômodo! Sentimos tomar o tempo e a paciência do outro. Quem não gosta muito de ajudar percebe isso muito mais porque algumas coisas refletem nossas atitudes.
E o medo de receber um “não”? É quase torturante. Já imaginamos todas as negativas, as situações contrárias que podem acontecer com a ajuda negada. E lá vem também o julgamento. Acreditamos que a outra pessoa esteja duvidando da nossa capacidade.
Vergonha. Ela se transforma num monstro, principalmente se a colaboração precisa vir de alguém que sempre procuramos, um estranho ou quem não é muito amigo e com o qual não mantemos contato frequente. Para algumas pessoas chega a ser perturbador. E podemos ir postergando o pedido e não encontramos outra solução.
Pedir ajuda nos leva a acreditar que estamos sendo chatos, incompetentes, invasivos, afinal o outro deixa de usar o tempo para si para fazer por nós ou pensar que somos folgados, que poderíamos ter resolvido algo sozinhos. Muita coisa se passa em nossa mente.
Há quem que tenha dificuldade em pedir ajuda porque acredita que precisa retribuí-la, e carrega essa obrigação, ou imagina que ficará em dívida eterna. Tenha calma, lá na frente é possível retribuir de alguma forma.
Talvez calma seja uma palavra que se encaixe nessa situação. Se a ajuda tem de vir, pedir a Deus uma orientação, a coragem que falta, fazer meditação, reiki, um ho’oponopono para a pessoa com quem vamos falar pode fazer a diferença.
Vencer o orgulho e acreditar que existem alternativas podem afastar o medo. Aliás, medo se vence confiando.
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