Já pensou que, como o bombeiro usa uniforme apropriado para enfrentar as chamas, também precisamos da proteção certa para lidar com o stress da vida?
Quando está muito frio, usamos roupa mais quentinha, nos protegemos, para manter nossa saúde, mas, quando se trata de proteger nosso cérebro contra os efeitos do stress, normalmente, a gente nem pensa nisso!
O stress, nada mais é do que a adaptação a novas situações. Quando bate o vento gelado, sentimos frio e, temos a possibilidade de fazer algo para nos aquecer, ou não. Se fizermos, é mais difícil adoecer. Se não fizermos, provavelmente, vamos ficar doentes. Mas, depende da nossa decisão.
E quando o acontecimento é emocional? Quando não cumprimos um prazo importante e a empresa perde dinheiro por isso? Quando recebemos uma notícia muito ruim? Quando perdemos alguém que amamos?
O que fazemos? O que você costuma fazer para prevenir que as “químicas ruins do cérebro”, aquelas que nos deixam com ansiedade, com raiva, com medo, sem dormir, não se instalem?
Reflita sobre essa blindagem necessária primeiro comigo aqui neste vídeo:
Quanto mais a gente se trabalha para ser uma pessoa focada, em harmonia, agradável, mas a gente transforma nosso cérebro, segue o caminho certo e ajuda os demais a também seguir.
Se você achou que esses três itens abordados não são tão importantes assim, vou convencê-lo com uma história real, onde um sorriso, uma postura, emoções positivas, um tom de voz agradável, salvou uma vida e deixou outra se sentindo muito melhor!
Um excelente exemplo pode ser visto nesta passagem do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. Poucas pessoas sabem que ele lutou na Guerra Civil Espanhola. Quando foi capturado pelo inimigo e levado ao cárcere para ser executado no dia seguinte, nervoso, ele procurou em sua bolsa um cigarro, e achou um, mas suas mãos estavam tremendo tanto que ele não podia nem mesmo levá-lo à boca. Procurou fósforos, mas não tinha, porque os soldados haviam tirado todos os fósforos de sua bolsa. Ele olhou então para o carcereiro e disse: “Por favor, usted tiene fósforo?” O carcereiro olhou para ele e chegou perto para acender seu cigarro. Naquela fração de segundo, seus olhos se encontraram, e Saint-Exupéry sorriu.
Depois ele disse que não sabia por que sorriu, mas pode ser que quando se chega perto de outro ser humano, seja difícil não sorrir. Naquele instante, uma chama pulou no espaço entre o coração dos dois homens e gerou um sorriso no rosto do carcereiro também.
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Ele acendeu o cigarro de Saint-Exupéry e ficou perto, olhando diretamente em seus olhos, e continuou sorrindo. Saint-Exupéry também continuou sorrindo para ele, vendo-o agora como pessoa, e não como carcereiro.
Parece que o carcereiro também começou a olhar Saint-Exupéry como pessoa, porque lhe perguntou: “Você tem filhos?”- “Sim”, Saint-Exupéry respondeu, e tirou da bolsa fotos de seus filhos. O carcereiro mostrou fotos de seus filhos também, e contou todos os seus planos e esperanças para o futuro deles. Os olhos de Saint-Exupéry se encheram de lágrimas quando disse que não tinha mais planos, porque ele jamais os veria de novo. Os olhos do carcereiro se encheram de lágrimas também. E, de repente, sem nenhuma palavra, ele abriu a cela e guiou Saint-Exupéry para fora do cárcere, através das sinuosas ruas, para fora da cidade, e o libertou. Sem nenhuma palavra, o carcereiro deu meia-volta e retornou por onde veio. Saint-Exupéry disse: “Minha vida foi salva por um sorriso do coração”.
Só podemos ter um sorriso do coração quando nossas emoções positivas servem de blindagem para o stress e todo o transtorno que ele traz para nós, quando não é bem administrado.
Grande abraço!
Isabel