Sempre tive curiosidade sobre o tempo. Para alguns ele anda, corre, voa, e ainda tem tempo para praticar Ironman. Para outras pessoas, ele está estacionado numa vaga de garagem coberto com um montante de poeira, estático e adormecido. Mas, felizmente ou infelizmente, o tempo não para.
Imagine se pudéssemos controlar o tempo? Cada um ajustaria o seu relógio físico ou biológico de acordo com a sua própria vontade ou necessidade.
Uns, conscientes, iriam atrasar por diversos motivos. Corrigir erros, recuperar uma amizade perdida, mudar o seu caminho ou destino, fazer o que não teve coragem no momento, chegar no horário certo para um compromisso importante, entre tantas outras infinitas opções.
Há aqueles que adiantariam o tempo, por ansiedade, por querer obter logo uma resposta, para saber o resultado significativo de um exame, para pular etapas difíceis e outras infinitas possibilidades.
Se fosse possível e me perguntassem o que eu faria com o relógio, eu hoje falo: atrasaria.
Não que eu não goste do tempo, este que a gente vive uma parte do dia no claro, outra no escuro, todos os dias. Mas se Deus fez a vida desta forma, ela serve principalmente para o nosso aprendizado e assim auxiliar imensamente na nossa evolução espiritual. Eu não atrasaria para viver mais, descansar mais, diminuir a quantidade de trabalhos para “poder dar conta”, entre milhões de pensamentos que bagunçam a minha mente neste momento. Cada um sabe o tamanho e o peso do fardo que carrega.
Eu atrasaria por um único motivo: ser feliz. Pode ser em qualquer lugar do planeta, ou inventaria o meu próprio mundo; poderia nascer (ou ser) pobre, rico; ter ou não saúde; poderia existir uma série de fatos, mas sentir realmente, no local mais profundo da alma, o que é felicidade, sem se importar com nada além disto.
É o que me motivaria querer que o tempo passasse bem devagar, para que eu possa vivenciar cada sorriso dos dias em que tudo era feliz.
Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segredo: 123rf / cameravit