Iniciarmos uma história romântica com alguém não é fácil. Muitas pessoas sonham com o dia em que estarão envolvidas em uma relação repleta de companheirismos, fidelidade, compreensão, parceria, amizade e uma série de outros pré-requisitos que idealizamos no parceiro ou parceira perfeita.
Escuto de muitas pessoas que a dificuldade que hoje elas têm para se relacionar, por vezes por sentirem que a pessoa não quer nada sério com ela, ou por sentirem que aquela pessoa ainda não é a perfeita para si.
Bem, perceba que está é a segunda vez que eu utilizo a palavra PERFEITA. O que me pergunto diariamente é: será que existe essa pessoa perfeita?
Passamos uma boa parte do tempo idealizando aquele parceiro ou parceira, mas na hora H não estamos disponíveis a fazer concessões para aquela relação.
O mais curioso de tudo é que exigimos que o outro faça concessões por nós e que muitas vezes se enquadre no padrão que julgamos o mais correto.
Existem estudos da psicologia que falam a respeito da geração que está ficando sozinha por conta de seu narcisismo, onde o perfeito é procurado a todo e qualquer custo, e essa busca não tem a ver apenas com beleza, mas tem muito mais a ver com o desejo de evitar a dor acima de todas coisas.
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É doloroso se apaixonar, é angustiante saber se aquela pessoa vai ligar, se vai demorar para responder à mensagem, e quando responder, como será que ela vai falar, vai aceitar o convite ou até mesmo convidar para sair, se esse será só mais um encontro ou se ficarão juntos.
Por poucas páginas de dor, inúmeras pessoas se fecham para o livro do amor.
Para que possamos conseguir nos relacionar com alguém, é preciso que minimamente consigamos nos relacionar com nós mesmos, compreendendo qual é de fato a nossa busca e o quanto estamos dispostos a negociar ou não com o outro.
Relacione-se consigo, namore-se, case-se com você, convide-se para sair, e então você estará fortalecido para fazer isso com outras pessoas, sem esperar que ele ou ela seja perfeito(a), pois assim você também conhecerá as suas imperfeições.