[…] A principal ilusão do homem é o falso senso do eu. Um homem não é o que pensa que é.
Não tema desfazer-se da identidade adquirida, inventada, desse falso sentimento de “Eu”. Isto equivaleria temer o desaparecimento de uma dor de cabeça. E é isso o que é o imaginário EU – uma grande dor de cabeça.
Ao começar a suspeitar de que não é o tipo de pessoa que pensa ser, você se tomará crescentemente perturbado. Considere isso como uma manobra meramente astuciosa do falso eu que quer apegar-se à falsa exigência à sua custa.
Pacientemente suportando a perturbação, você se dirige para outra grande região – a consciência – que constitui a vitória. Justamente porque não existe o eu humano habitualmente concebido, tampouco existem coisas tais como força ou fraqueza humanas, sabedoria ou estupidez, sucesso ou derrota, bondade ou maldade, ou outros opostos da mesma espécie. Coisa alguma nos pertence: pertence tudo a Deus, ou a qualquer nome que você decida dar à realidade final. […]
Vernon Howard