Foi por ter sofrido os horrores de um campo de concentração nazista que o médico psiquiatra austríaco Victor Frankl desenvolveu a Logoterapia, a escola que entende que o ser humano não busca apenas ser livre, ele precisa ser livre para algo, algo que lhe faça sentido.
Foi nessas condições extremas que ele compreendeu que as pessoas que perdiam a fé no futuro, amor por uma causa ou a esperança do reencontro com o ente querido, sucumbiam às doenças ou punham fim às suas vidas nas cercas elétricas.
Diante de um colega de prisão que pretendia se matar por achar que não esperava mais nada da vida, ele questionou: “Mas não seria a vida que espera algo de você?”.
Nesse momento o preso lembrou-se de que havia escrito e editado uma coleção de livros de geografia e sonhava publicá-los um dia. Essa noção espiritual de sentido de existência precisa transcender a noção de indivíduo.
Frankl dizia que não temos controle em relação ao que nos acontece, mas temos total liberdade em relação à maneira como reagiremos diante aquilo que nos acontece. O vazio existencial é a total ausência de sentido.
Agora pense na sua vida, nesse abrir e fechar de olhos, nesse ar entrando e saindo dos seus pulmões, nesse coração batendo, nesses órgãos vitais funcionando, não acha que a vida espera algo de você? Algo que por você ser único só você pode oferecer?
Se Sartre dizia que o homem está condenado a ser livre, prefiro pensar que está condenado a ser livre para algo, algo que lhe faça sentido.
Acredito que a existência precisa ser mais valorizada que um decreto de condenação. Faça algo significativo com a sua.
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