Sempre tive um contato próximo com as flores. Eu adorava passar as tardes com a minha mãe na floricultura. Nem sempre ela me deixava ir, afinal, era seu ambiente de trabalho, e certamente eu tiraria a sua atenção e de suas funcionárias.
Mas pense num lugar maravilhoso? O aroma daquelas flores era sem igual. Eu amava vê-la montando arranjos de forma tão apaixonada! Mas, o melhor era ver a expressão de cada cliente ao entrar e se admirar com tanto capricho.
De capricho, minha mãe entendia.
De vez em quando, ela me pedia para molhar algumas plantas. Por mais que houvessem flores e plantas belíssimas ali, a atenção das pessoas era sempre voltada às rosas e especialmente as vermelhas.
O que as pessoas não sabiam, é que aquelas rosas lindas, perfumadas, embrulhadas de forma caprichosa, tinham deixado marcas nas mãos da florista que eu tanto admirava.
Mas como algo tão belo podia causar dor?
Minha mãe retirava cada espinho, de cada rosa, de forma muito cuidadosa, mas suas mãos acabavam sendo machucadas, devido à pressa em concluir, afinal, era a flor mais pedida da floricultura.
Suas mãos podiam ficar feridas, mas as mãos da moça que receberia aquelas rosas vermelhas do seu amor, jamais poderiam ficar marcadas.
Quando ganhar uma rosa, lembre-se de que alguém se feriu. Quando receber um presente, lembre-se que alguém sacrificou alguma economia.
Por tudo que você receber de bom agradeça e peça sempre a Deus, e agradeça por quem precisou sacrificar-se para que você tomasse posse disso.
E principalmente: quando vir as alegrias de alguém, acredite que teve muito choro e espinhos antes. Seja bondoso.
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