Hoje eu vi um post no insta: “seja forte”… e fiquei pensando sobre o quanto essa frase pesa na vida de muitas pessoas e pesou na minha.
Durante muitos anos eu tive que ser forte, pois sempre ouvia “Seja forte”, e para mim, até então, o ser forte era estar sempre sorrindo (tudo bem, eu adoro sorrir), evitar pedir ajuda de alguém, não compartilhar os meus problemas ou pelo menos não deixar tão claro o quanto eu sofria com eles, e se assim o fizesse, que fosse com os amigos mais próximos.
Chorar na frente de alguém, para mim, era a marca do fracasso.
Geralmente, quando estava na companhia de alguém, eu era forte.
Lembro-me de que inúmeras vezes fui me encontrar com familiares ou amigos e, depois, na volta, ao entrar no meu carro, eu caía no choro. Outras vezes, quando as pessoas me ligavam e eu estava chorando, dizia estar gripada, para justificar a voz de choro.
Quando eu não conseguia parecer forte na frente dos outros, eu sumia. Depois arrumava alguma desculpa.
O importante era não demonstrar meus sentimentos, pois eu era muito FORTE.
Mais uma crença que nos aproxima do ego e nos afasta de quem realmente somos.
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Ser forte! O forte para mim remete à força, e hoje eu entendo que não preciso forçar nada, que apesar de todos os aprendizados (até então, eu os chamava de problemas) que a vida me traz, eu posso, sim, mostrar que, naquele momento, eu estou frágil, que me sinto insegura, que quero um colo, que preciso de auxílio, e posso chorar, e MUITO, sozinha, com outras pessoas, em casa, na rua, em qualquer lugar em que meu corpo e meu ser queiram se manifestar, sabendo que tudo passa, e que amanhã MEU SOL voltará a brilhar.
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