Muitos consideram até uma ofensa serem chamados de pessoas simples, porque associam, por preconceito, que ser simples é ser desprovido de uma boa casa, de ter alguns bens ou até que significa não ter elegância.
Ledo engano!
A simplicidade, como costumo escrever, é a virtude das grandes almas.
As pessoas simples, encontram a alegria e a felicidade , não nas coisas grandiosas da vida, nem nos bens materiais – embora necessitamos de possuir coisas e dinheiro, para no mínimo, sobrevivermos. Negar isso, seria uma visão ilusória, irreal da vida, do sistema, que requer uma constante rotatividade de poder x ter.
O que quero transmitir aqui, para o(a) leitor(a), é que a genuína felicidade não está implícita no fato de ter, mas sim de ter e ser.
Se a felicidade dependesse exclusivamente de se ter, não teríamos inúmeros casos de pessoas de alta posse material, sofrendo depressão, angustiadas ou extremamente ansiosas.
Não haveria, neste âmbito, mortes prematuras pelos diversos vícios, ou decorrentes deles.
Mas, onde está a tão procurada chave da felicidade?
Confesso que eu estou num processo contínuo de sua busca e por estar procurando, acabo encontrando. Perco de novo a chave e volto a procurar por ela.
Nas coisas caras? Não! Nas coisas simples da vida – numa alvorada; num belo entardecer; nas variadas flores; no mar – com suas ondas magníficas; nos lagos serenos; no sorriso das crianças… Enfim, em toda a natureza em sua magnitude.
Já perceberam a alegria contagiante e pura das pessoas que vivem na roça? Seus sorrisos francos sem dentes – muitas vezes, a pele enrugada pela lida da vida, com uma casinha simples, mas tão acolhedora.
Não estou querendo apregoar que não devemos cuidar da nossa aparência. O que quero passar para vocês, é que a real felicidade, não está fora de nós, mas que ela está dentro de cada um de nós.
Também, desenvolver ou praticar alguma arte latente em nós, como pintar, dançar, cantar, tocar um instrumento, escrever, fotografar… nos eleva emocionalmente. Quem disse que fazer crochê é coisa de gente velha? Soube de pessoas novas que se recuperaram de tristezas, através da arte de fazer crochê.
Há ainda os esportes e o simples ato de fazer caminhadas, andar de bicicleta, nadar… Que também estão disponíveis.
Uma outra arte que nos ajuda muito, é a arte de conversar. Por que conversar é uma arte? Porque numa conversa saudável, há que se ouvir e não somente falar. Gargalhar é tão bom! Vamos rir de nós mesmos, de nossas ‘maluquices’, porque todos temos algumas escondidas.
Então, ser simples, não é ser cafona!
Muito ao contrário, a elegância está na simplicidade.