Nós, mulheres, às vezes doces, às vezes duras, acuadas pelo relógio, por vezes biológicos, somos levadas a criar circunstâncias atemporais. Tememos o confronto com a idade e as rugas e não vislumbramos saídas para a fragilidade das nossas emoções. Cobradas pelo frenesi da roda-viva da vida e do binômio: ter-poder.
Produzimos em nossa mente “ampla amnésia” para “sermos”, ou seja, muito amiúde nos esquecemos de ser mais mulheres, mais humanas, mais amigas, mais companheiras; para cada vez mais “termos” mais dinheiro, mais carros, mais vestidos, mais cosméticos, mais celulares modernos.
Esmagadas por toneladas de “pré-ocupações” medrosas, ficamos parecendo folhas secas carregadas por ventos de ansiedades, pesadas de sentimento de culpa.
Prenhes de expectativas, não tiramos o sapato de salto alto, por medo de que sem eles, também seja tirado o nosso chão.
Nervosas para provar nossa competência, negligenciamos o abraço esperado, o riso descompromissado e a alegria de compartilhar um copo de vinho no fim do dia, ou ouvir música suave sozinha ou a dois.
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Atrasadas nos sentimentos, ou adiantadas na falta deles, o fato é que estamos todas, ou quase todas, em busca de sermos de novo…. Simplesmente mulheres!
Esquecendo nossa essência, andamos em círculos sem atentar para nossa natureza.
Mas nada muda nossa condição, pois nós seremos sempre, mulheres e poderosas. E não importa se somos uma executiva de mil tarefas, uma advogada de “trocentos” processos, uma atriz, uma prostituta, uma freira, uma bailarina ou uma mulher recatada e do lar. Podemos estar numa banca vendendo cigarros, jornais, nossa sua nudez ou nossa “salada de frutas” e continuamos sendo em essência, mulheres, de gostos, ações ou comportamentos diversos, mas seremos sempre mulheres. Tá admitimos: nunca seremos melhores que o resto da humanidade. Seremos apenas diferentes.
Por vezes, recebemos muitas críticas, algumas infundadas, outras construtivas, algumas por pura inveja, outras, por puro preconceito. Nem sempre nos alimentamos de forma adequada. De vez em quando comemos, digo, engolimos muitos sapos. Mas, de vez em quando alguma de nós também degustam alguns príncipes. Porém, nunca abriremos mão da dieta especial, a dieta da alma, que nos mantem nutridas emocionalmente de boas expectativas, fortes sonhos e ousadas atitudes. E somos duras com os que maltratam crianças, gente indefesa e os velhos e doces com quem nos inundam de afeto, carinho, amor e respeito.
Somos mulheres verdadeiras.
Mulheres de fibra.
Doces e duras.
Mulheres de atitudes.
Mulheres rapaduras.