Você já perdeu alguém que amava? Já passou pela experiência de ver alguém próximo morrer? Essa experiência nos modifica.
Dói! Não há como negar a dor. Às vezes, a dor é tão imensa que ela é visceral. Nesses casos vemos ou sentimos a expressão da face e do corpo mudar. Mesmo que não seja dito, a dor, por um tempo, não sai da expressão da pessoa que perdeu alguém que amava.
Ela é física, mesmo que não expressa em palavras. Ela pode ser falada, mas nunca aquilo que é dito poderá alcançar a dimensão da dor pessoal de cada um de nós ao perder quem nos era fundamental.
Quando perdemos alguém que amamos, inevitavelmente passamos por novas reflexões sobre o que a vida significa e em que espaço-tempo nos encontramos nessa vida. Essas reflexões costumam estender-se também a outras pessoas próximas.
A perda e sua dor podem gerar crescimento.
Crescer dói! E a morte de quem amamos pode ser uma parte de nosso crescimento.
Penso que essa frase é impactante e talvez até revoltante. Mas é real. A morte é uma parte do ciclo da vida.
Nós não temos controle sobre a vida. A vida é orgânica e acontece além do nosso desejo e/ou tentativa de direcionamento.
Mas a morte é fim?
A morte sempre estará atrelada ao significado que você dá à vida. Por isso, é prática frequente em meus processos de coaching trabalhar para que cada pessoa possa sentir sua vida e vivê-la como uma vida que vale a pena.
Aqueles que morrem, em minha concepção, viram luz. E essa luz preenche o coração de todos para quem aquela vida teve significado.
Esse preenchimento de luz depende de quanto você se abre para perceber e valorizar esse espaço do outro em você: o que você aprendeu com ele, o que você ensinou, o que você deu de você, quanto amor fez parte do que vocês tinham juntos, entre outros aspectos.
Para mim toda a vida vale a pena quando bem vivida, que dure oitenta, quarenta, vinte anos ou mesmo nove meses. Penso que dizer isso também é impactante, pois ninguém gosta de perder! Porém, existe aquilo que vai além do que podemos explicar e que é mágico, assim como todas as formas de vida que se desenvolvem mostram que são.
Desejo que esse texto possa fazer sentido para você! Desejo também que ele possa abraçá-lo.
Com carinho, Daniela Peroneo.
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