O estopim, o ponto de decadência, não está mais para acontecer: já aconteceu. Somos a geração mais triste e odiosa que já pisou nessa Terra.
O mundo virou de ponta cabeça e ninguém se deu conta.
Estamos uns contra os outros, filhos contra pais, pais contra filhos, população contra o poder, brancos contra negros, ricos contra pobres.
Já não se suporta mais tanta richa.
É a geração que quer pregar o “amor”, porém através do ódio.
É uma geração problemática e dependente de antidepressivos e omeprazol. Somos a indoor generation: acordamos dentro de casa, vamos para o trabalho dentro de um carro com ar condicionado, ficamos enclausurados no trabalho, num ambiente iluminado à luz dura e cheiro de carpete, malhamos em academias fechadas com ar condicionado.
E nem sequer nos lembramos de abrir a janela de manhã para entrar a luz do sol, e arrumar a cama. O foco é apenas a sexta-feira.
Somos a geração escrava da indústria farmacêutica, que cura um problema desencadeando outro.
Somos a geração escrava das redes sociais e das aparências.
Somos a geração dos valores invertidos, onde o pai de família é morto ao ir buscar o pão para o café da manhã, e nada se faz.
Pessoas que reclamam de tudo e de todos, não sabem ouvir “não”, não sabem trabalhar as perdas. São adultos, mas com idade emocional não desenvolvida, como diz Augusto Cury.
Vivemos escravos do excesso de estímulo. Compre, faça, seja! Um mundo onde as crianças não se sujam e não se frustram, querem a recompensa imediata.
Somos a evolução dos tempos que não deu errado, mas caminha e insiste pra que tudo dê
PAUSA! Abra a janela, sinta o sol, tome um café e comece de novo. Ninguém muda o mundo sozinho, mas pode contribuir. De preferência, do jeito certo. Mas, qual é o jeito certo agora?
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