Eu não sou. E você?
Se você tivesse que usar apenas cinco palavras para se definir o que diria?
Estamos tão acostumados a usar rótulos que nem percebemos o quanto esse hábito está arraigado no nosso cotidiano, em nossas vidas.
Principalmente no âmbito social.
Nos cadastros comerciais, nos sites de relacionamentos e até mesmo no convívio com amigos e familiares.
Deixamos que algumas palavras nos definam como se fossemos apenas um objeto ou produto.
Rotular nos limita. Às vezes impede que as pessoas sintam curiosidades sobre nós outras vezes direcionam esse interesse.
Rotular é fazer com que uma pessoa e todos os seus sentimentos, ações e qualidades sejam definidos por apenas uma palavra, uma única característica.
Ser casado, solteiro, divorciado, enrolado. Católico, evangélico, agnóstico ou ateu. Estar médico, advogado, professor… São apenas alguns dos exemplos mais comuns utilizados para apresentar alguém.
Como se o atual estado civil, a crença ou a profissão resumissem o caráter de uma pessoa.
São tantas as palavras que parecem nos definir e que na verdade nada dizem sobre a nossa essência.
Não se conhece alguém simplesmente através de um rótulo, como se fosse à apresentação de um produto exposto numa prateleira. Somos mais que isso.
Eu não sou eu estou mesmo estando não será um substantivo ou um adjetivo que irá me definir.
Sou muito mais que um enquadramento social.
Não existe uma palavra que defina a nossa essência, que consiga descrever o nosso carácter ou personalidade com a mesma exatidão que gostaríamos, portanto devemos tomar muito cuidado ao definir alguém ou a nós mesmos.
Uma palavra não me define. Afinal.
Quem eu sou? Quem é você?