Pare!
Não!
Nem mais uma palavra!
Já chega!
Posso ouvir daqui você reclamando!
Todo mundo tem uma história pra contar. Você também tem. Eu sei que se você pudesse começar a relatar aqui a sua, ficaria até uma semana com muito gosto contando todas as dores que sofreu por causa de alguém.
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A verdade é que não me interessa. E não se ofenda, mas também não interessa a ninguém. E sabe por quê? Porque ninguém pode fazer nada por você a não ser você mesmo.
Você pode ter sofrido muito, pode até ter sido extremamente difícil pra você. Tudo bem, eu entendo, não vou dizer o contrário. Só que meu entendimento não ajuda você em nada.
O que eu quero saber é se você já parou pra pensar qual realmente é a necessidade de arrastar essa história junto com você? Qual o benefício de contar, recontar e divulgar isso pra todo mundo, mesmo tendo passado cinco, dez, quinze anos, ou lá se sabe quanto tempo?
Sabe por que você faz isso? Porque você banca a vítima! A verdade é que você nunca quis superar essa situação. Ela é confortável pra você.
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Com ela você tem um escudo pra se defender das críticas, você pode tirar a responsabilidade dos seus ombros, pode justificar o motivo de estar onde você está hoje e ser quem você é agora. Você conta ela pros outros se compadecerem, pra eles verem a grande heroína que você é.
Esse é o motivo de você ainda alimentar essas dores dentro de você. Você ama bancar a iludida, a inocente, aquela que foi enganada, a “pobre de mim”. Você adora o discurso de que o mundo é cruel e de que a verdade dói. Mas eu vou lhe dizer menina, que é com diz o psicólogo e espiritualista Luiz Gasparetto: “A verdade não dói, são os iludidos que se machucam”.
Nós somos responsáveis por cada situação que acontece em nossas vidas. Observando tudo pelo óptima da eternidade somos consciências se expandindo, evoluindo no transcorrer dos fatos e cada um deles vem para nos fazer amadurecer. Por isso só entra em nossa vida aquilo que nós atraímos, porque nos é útil. Deste modo para o Universo não existem vítimas. Existem pessoas responsáveis por si.
O outro pode ter lhe feito e isso ele vai entender com ele próprio um dia, mas por que foi acontecer exatamente com você e não com outro? Porque a necessidade era sua. O outro foi apenas um instrumento da vida. Pra quê? Pra te fazer ver a verdade.
Todos nós alimentamos ilusões. Não temos domínio sobre a nossa imaginação. Imaginamos como as coisas deveriam ter sido, como os outros são, como eles tem que se comportar. Então, sem comando sobre a mente nos decepcionamos com a realidade quando ela vem mostrar que as coisas são diferentes. Contudo a verdade é que a realidade não deve nada pra sua cabeça. O que você imagina é fruto dos seus desejos, das necessidades que você não assume para com você mesmo. Daí você projeta isso nos outros, e espera que eles vão suprir essas carências.
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Você imagina e vem a realidade te mostrar a verdade.
Daí você chora, se revolta com Deus, com as pessoas, com a vida, quando na verdade essa situação só foi um professor que veio lhe ensinar uma lição. A de parar de ser iludido.
Perceba que todas as suas decepções não foram tanto por responsabilidade dos outros, quanto por inconsequência sua, de não querer aceitar o que é. Imagina, imagina, imagina, depois sofre, sofre, sofre. E esse sofrimento não é culpa da realidade, e sim da maneira mimada com que você vê a vida.
Entenda uma coisa. Os outros não são responsáveis por você e nem por suas necessidades. Os outros não são responsáveis pelo que você imagina e nem pelo que você quer. Isso tudo cabe a você.
Se você quer ser feliz de verdade precisa controlar a sua imaginação. A realidade não é dura e triste. Ela é bela e encantadora pra quem sabe viver nela. Por isso assuma a responsabilidade por você. Não fique arrastando sofrimento e nem jogando a culpa para os outros. Chega! Aquela situação veio pra te fazer colocar os pés no chão, pois não se pode ser feliz em castelos de areia. A vida quer que você construa sua felicidade em cima de algo sólido. Em cima da realidade. Em cima da verdade. Por isso lembre-se sempre que todo sofrimento é a visita da verdade tentando lhe mostrar onde você estava iludida.
Basta você fazer o exercício. Olhe pra todas as vezes que sofreu e pergunte-se: Onde foi que eu me iludi? O que eu pensei que devia ser e na verdade não era?
Agora pergunte-se: Por que eu queria ou imaginava tal coisa?
Com as respostas você vai começar a perceber que todo sofrimento veio das ilusões que você alimentou, tudo pra atender carências suas.
Está na hora de você se libertar disso. Está na hora de você ser feliz.
Pare de imaginar e veja tudo pelo que é. Chega desses sonhos televisivos de relacionamento perfeito, essas ideias de vida de sucesso que você vê na mídia, essa história de que alguém tem que ser assim ou tem que ser assado. Chega dos “tem que…” Isso tudo é imaginação. Tudo é o que é. Tudo é o que pode ser agora.
Quando construímos nossa vida em cima da realidade vamos caminhando por uma estrada segura e sem surpresas desagradáveis. Então agradeça a vida por tudo que ela lhe trouxe. Ame a vida por ter lhe mostrado a verdade. Pois a verdade não dói, ela liberta, ela revela, ela fortalece. Afinal, enquanto a ilusão só faz você se machucar, a verdade só quer lhe levar para aquilo que vai fazer você feliz de verdade.