Amor-próprio é aquele sentimento mágico que faz a vergonha na cara virar coragem e a rejeição virar inteligência emocional.
Esse tal de amor-próprio é de lascar! É o amor em sua forma mais genuína e complexa. Querer não é o suficiente para tê-lo. É necessário muito equilíbrio, muita coragem e muita vergonha na cara para ter o tão sonhado sentimento como aliado.
Amor-próprio é aquele sentimento de liberdade que, indiferente da opinião alheia, faz sua vida fluir. Proporciona inteligência suficiente para entendermos que se aceitar e se amar não é egoísmo, é respeito.
O amor-próprio nos faz entender que ninguém é de ninguém e que ir é um direito universal. Faz com que entendamos que escolher um companheiro de vida é um privilégio e não uma consequência.
Em outras palavras, amor-próprio é o seguinte: quem tem, não abre mão e quem não tem, faz de tudo para conseguir.
Desenvolver esse sentimento requer muito equilíbrio emocional e exige muitas concessões. Pode ser que você tenha que ficar só um período, terminar uma relação abusiva, sair de um trabalho que não o realiza, posicionar-se diante de uma situação conflituosa com um amigo, fazer dieta, praticar exercícios…. não sei qual será seu caso, mas o fato é que somente depois de muitas situações difíceis é que o tal do amor-próprio acontece.
Nos relacionamentos amorosos não é diferente. Embora a sociedade tenha criado uma necessidade absurda de relacionamentos “a qualquer custo” e “de qualquer jeito”, o amor-próprio vem na contramão das teorias e prova por A+B que sabe de amor quem aprendeu a respeitar.
Essa necessidade de ter alguém é reflexo de uma sociedade carente e desequilibrada. É tanto medo de perder ou de ficar só para sempre que as pessoas não sabem mais o que é amor e o que é posse.
Sejamos claros: ninguém perde ninguém. Primeiro que não somos ( e não temos) propriedade de ninguém. Segundo que, no fundo, sempre sabemos quando uma relação não dará certo. Então, por que o desespero?
Racionalmente falando, ninguém perde “affairs”, amigos ou amores que nunca estiveram inteiros na relação.
Eu sei que temos essa mania de culpar o destino, a vida e o universo, quando na verdade somos os únicos responsáveis pelas próprias escolhas e, consequentemente, pelos relacionamentos que atraímos para as nossas vidas.
Nem sempre a relação dá certo, as pessoas se entendem ou rola a química do primeiro encontro. Normal! O problema está em insistir em algo que está predestinado ao fracasso e aceitar relacionamentos abusivos apenas para não ficar sozinho.
Quer a verdade? Ninguém vale a sua paz. Não perca sua dignidade, seu domínio próprio e sua sanidade por quem não está nem aí com você.
Ame-se, respeite-se, escolha-se. Quando você começa a olhar para dentro de si com mais respeito, percebe que o maior amor do mundo existe sim e se chama próprio.
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