A companhia e o contato com os animais são um santo remédio! Cães, gatos, cavalos e outros bichos podem trazer benefícios físicos e psicológicos, uma ajuda e tanto no tratamento e na reabilitação de pacientes. É a zooterapia, que mostra resultados inclusive para depressão.
Quer entender mais sobre como isso funciona? Então acompanhe este artigo e descubra o que é exatamente a zooterapia e como os animais de estimação podem ajudar pessoas de todas as idades em tratamentos de saúde.
O que é zooterapia?
Na zooterapia, pet-terapia ou terapia assistida por animais (TAA), os animais agem como “terapeutas” trazendo bem-estar aos pacientes em diferentes situações clínicas, até mesmo a depressão.
O prazer e a alegria de brincar e acariciar os bichos ou o simples fato de ficar na companhia deles trazem inúmeros benefícios para que a reabilitação ocorra de forma mais rápida e tranquila.
A zooterapia pode ajudar crianças, adultos e idosos, desde que não tenham medo do animal ou algum problema alérgico ou respiratório por conta do contato.
Os benefícios físicos e psicológicos proporcionados pelo convívio com os bichos foram observados no Brasil já na década de 1950. Em 1955, Nise da Silveira, médica psiquiatra, verificou como cães e gatos ajudavam os pacientes esquizofrênicos.
Hoje, há programas em todo o país em que animais treinados vão aos asilos para levar alegria e bem-estar aos idosos. No Hospital Albert Einstein, em São Paulo, alguns médicos já autorizam a entrada de animais para visitar seus donos internados.
Animais terapeutas
Cães, gatos, cavalos e até jabutis podem participar da zooterapia. Porém, não é qualquer animal que pode ter esse papel de “terapeuta”. Os bichos precisam ser dóceis e aceitar carinhos, abraços e outros afagos sem resistência.
Quais os benefícios da terapia com animais?
Como dissemos acima, só o bem-estar que um bichinho dócil pode proporcionar já é uma ajuda importante para quem enfrenta alguma doença.
Quem possui um animal de estimação em casa, por exemplo, tem menos probabilidade de ser acometido por doenças cardíacas e vive mais, apontou um estudo da Associação Americana de Saúde do Coração.
Observa-se que a zooterapia pode apresentar bons resultados em pacientes com depressão e na convivência com idosos e crianças autistas. Veja como isso acontece:
Pessoas com depressão
Há estudos que apontam que donos de cachorros têm menos risco de ter depressão em comparação com pessoas que vivem sem o bichinho em casa. Os animais podem tirar as pessoas do isolamento elevando seu otimismo e sua autoestima.
Brincar com um pet, seja um cão ou gato, pode elevar os níveis de serotonina, substância que proporciona bem-estar e melhora do humor. Desta forma, as pessoas ficam mais tranquilas e felizes.
Não é exagero dizer que o cão é o melhor amigo do homem. É só observar a alegria do bicho quando o dono volta para casa! Por isso, a companhia do animal espanta a solidão, um dos fatores que podem contribuir para a depressão.
Além disso, quem tem bichos de estimação acaba saindo mais de casa para passear e, de certa forma, se exercitando mais e até conhecendo outras pessoas que também cuidam de pets.
Os cuidados diários de um animal de estimação trazem ritmo, rotina e compromisso para o dia a dia de qualquer pessoa. É preciso dar ração, brincar, levar para passear, dar banho etc. Essa organização pode reduzir a ansiedade e o estresse.
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E para completar: o afago entre pet e humano traz conforto e alivia qualquer tensão.
Idosos
Os bichos de estimação são aliados no envelhecimento saudável. Idosos que moram sozinhos sentem-se felizes quando têm ao seu lado um pet. A companhia e a responsabilidade com os cuidados do bichinho são importantes para seu bem-estar físico e mental.
Cachorros trazem de volta a vida social dessas pessoas porque exigem que elas saiam de casa para passear com eles, faça chuva ou faça sol. Então, não dá para passar o dia no sofá em frente à televisão.
Assim, os idosos acabam se movimentando mais com a caminhada diária, uma forma de prevenção a uma série de doenças.
Cães e gatos trazem alegrias e muitas risadas à vida dos idosos porque sempre são brincalhões e não deixam ninguém parado.
No caso de pacientes com Alzheimer, a convivência com os bichos pode diminuir os níveis de estresse e os ataques agressivos.
Crianças autistas
Todo mundo sabe como é importante para as crianças crescerem ao lado de um cão, gato ou até mesmo peixe ou passarinho. Os bichos trazem lições de companheirismo, lealdade e responsabilidade que elas levam para toda a vida.
Ajudam ainda no desenvolvimento emocional dos pequenos e afastam o sedentarismo tão comum atualmente.
No caso de crianças autistas, o convívio com um pet pode ser uma terapia muito importante. Os autistas têm uma grande dificuldade de se expressarem e de conviverem socialmente. Assim, o cachorro pode ajudá-los na criação de vínculos afetivos, importantes para a vida em sociedade.
A companhia de um pet para o autista pode também:
- diminuir as crises de ansiedade;
- ajudar no estabelecimento da rotina diária;
- melhorar a comunicação;
- estimular o lado lúdico, porque o cachorro quer saber mesmo é de brincar quando vê uma criança.
Os cavalos são bastante utilizados em terapias com crianças autistas e com Down porque, além dos benefícios de vínculo e carinho, estimulam o equilíbrio corporal e a coordenação motora.
Animais de estimação ajudam ainda crianças com problemas de aprendizagem, já que estimulam a curiosidade, a perseverança e a imaginação e desenvolvem sua autonomia.
Mesmo as pessoas que não têm bichos em casa podem se beneficiar do contato com eles: é só visitar parentes, amigos e vizinhos que tenham animais de estimação ou ainda abrigo de cães e gatos abandonados.
Os animais de estimação podem fazer muito pela saúde e pelo bem-estar do homem, e a zooterapia está aí para comprovar. Em casos de depressão ou para trazer alegria para os idosos e crianças, os bichos são os “terapeutas” mais indicados.
Viu como a energia dos animais pode ajudar pessoas com depressão a superar as dificuldades? Saiba agora como nosso autoconhecimento pode ser a chave para a cura da ansiedade e depressão.