A nossa palavra tem tanto poder que, segundo a bíblia, “é capaz de incendiar um bosque”.
Na maioria das vezes, dizemos coisas que nem sabemos o significado e muito menos as suas consequências. Pois, acredite, a nossa palavra tem tanto poder que, segundo a bíblia, “é capaz de incendiar um bosque”. Não falo aqui de superpoderes, muito menos de mentalizações ou algo parecido com o poder da mente. Falo de palavras que dizemos todos os dias sem pensar no mal que podem causar a alguém. Muitas vezes, nem temos noção do que podemos causar.
Mas saiba que uma palavra mal colocada tem efeito catastrófico, principalmente em crianças.
Vou dar três exemplos, e posso afirmar que todos já passaram por algumas dessas situações ou provocaram uma.
Primeiro: nunca repreenda uma pessoa na frente de outras pessoas. Nunca repreenda uma mulher, se houver outra pessoa perto, especialmente outra mulher. Nunca repreenda seus filhos na frente de seus colegas ou na frente dos irmãos. Nunca!
Segundo: nunca elogie em público, se a pessoa elogiada estiver em público e o público for do mesmo grupo que ela. Eu explico: se você tem dois ou três filhos, nunca elogie um na frente dos outros. Ou você elogia cada deles por uma razão ou todos pela mesma razão, ou então chama aquele em separado e o elogia.
Se você está com seus empregados, nunca elogie um na presença de outros, é o mesmo efeito. Ou você elogia todos pela mesma razão ou elogia cada um por uma razão, ou então chama a pessoa e a elogia em particular.
Terceiro: nunca, nunca repreenda um grupo todo de pessoas pelo erro que só uma ou outra cometeu. Existe coisa mais chata do que você ser pontual e ter de ouvir sermão sobre impontualidade?
Parece simples, mas não é! Saiba que essa “simples” colocação pode levar o indivíduo a grandes complicações e traumas. Elogiar uma pessoa é muito bom, receber um elogio é melhor ainda, mas quando estamos em grupo, todo cuidado é pouco.
A pessoa que não recebeu o elogio passa a se sentir incapaz, reprimida e começa a desenvolver pensamentos negativos sobre sua pessoa, a duvidar da sua capacidade, desenvolve o medo, a ansiedade, a fobia, a síndrome de Burnout, começa a ficar deprimida e o estrago já está feito. E, se não for detectado no início, vira trauma, principalmente em casos que envolvam crianças, elas são as que mais sofrem, acabam levando esse sentimento para a vida adulta, e se tornam pessoas tímidas, reprimidas, têm medo de falar em público, dificuldade de socialização, acham-se feias, magras, gordas, aliás, conseguem achar milhares de defeitos em si, e nenhuma virtude.
Sim! Isso acontece o tempo todo, enchendo o consultório de pessoas com esse tipo de traumas desencadeados lá na infância.
Acredito que todos conhecem alguém que passa mal quando precisa apresentar um trabalho escolar. É o exemplo mais simples, mas é real!
Essa regra serve para criança, adulto e idoso. Todo ser humano é movido pelas emoções, seja ela boa ou ruim, são as emoções que fazem ter sucesso ou fracasso. Todo cuidado é pouco ao lidar com outro ser humano. A regra é clara: “Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem consigo.”
Antes de falar, pondere o que vai dizer, para quem e como dizer.
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