Posso chamar esse texto de desabafo público, não pela necessidade do sentido do verbo em questão, mas sim porque aprendi uma lição sobre aquilo que prego e ensino, desde que me entendo por gente.
Toda minha vida sempre amei ajudar as pessoas, mostrar que a vida pode ser melhor, que, sim, toda parte ruim tem seu lado bom, que até as atitudes negativas de outras pessoas, que não entendemos, têm lá seus motivos e motivações.
E uma das coisas que mais me incomodam é o fato das pessoas viverem uma vida tristes, focados no passado, ou ansiosos (vivendo no futuro).
Sempre falei da importância de se viver no presente, algo que eu sempre fiz, desde que aprendi o valor disso, com a morte de minha mãe. (Que mulher! Que mulher maravilhosa!)
Porém, em 2017, eu me perdi de tal forma que não encontrava mais esse caminho, o caminho de viver o presente, e, por vezes, eu me peguei preso ao passado.
Entretanto, aos poucos, voltei para o caminho do presente, mas me distrai… e me peguei preso ao futuro, encontrei-me vivendo o antigo ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.”
E como fica o presente? Fica no passado ou no futuro, mas nunca fica no presente.
Estamos em uma era onde fazemos nossas refeições com o celular ao lado e nada é mais prioritário do que responder quem está do outro lado, com o celular ao lado do prato de comida, também.
Chegamos a um ponto tão crítico, que a conversa com a pessoa que está do outro lado do telefone tem prioridade sobre a conversa com quem está sentado ao nosso lado.
O momento é tão insano, que marcamos o barzinho com os amigos e, chegando lá, ficamos a responder mensagens no celular.
Se eu marquei de sair com os amigos, entende-se que a prioridade são eles, ou pelo menos deveria ser!
Então, esse ano eu ganhei um presente e esse presente me trouxe de volta para o presente.
“A viagem já valeu, mesmo que o destino final não tenha sido como nós esperávamos que fosse.” – Pe Fábio de Melo – Tempo de Esperas
Eu “esqueci” o que eu sempre preguei.
Vá viver o presente, pare de controlar cada coisa que você faz por causa de expectativas, é só no aqui e agora que é possível viver. Aquela frase clichê, mas é real: “O presente tem nome de presente por ser realmente um presente”.
É só aqui que você pode fazer a vida acontecer!
Vá, chame aquela pessoa para sair, vá atrás daquele emprego, sim, vá e peça perdão!
Aproveite para saborear o momento, desligar a internet na hora do jantar, reaprenda a ver um filme sem dar pause para atender o telefone.
E o mais importante: não tenha medo de estar com quem lhe faz bem, de curtir a companhia de quem você gosta. Deguste cada momento, e se achar difícil fazer isso, pergunte-se o seguinte: E se eu morrer semana que vem? Em seguida, pergunte-se: Posso garantir que semana que vem estarei vivo?
Eu sei que parece loucura! Mas esse deveria ser o pensamento sobre viver no passado ou no futuro, porém, ficamos tão bons em planejar o que não vamos fazer, que viver o que é possível tornou-se loucura!
Reescreva esse pensamento, deixe o seu coração viver aqui e agora, porque há tantas coisas lindas para serem colhidas no jardim do presente, tantas coisas prazerosas e poderosas, que elas ainda estarão no seu futuro, mas quando elas chegarem, adivinha? Será novamente o PRESENTE!
A vida é agora! Deixe o presente mudar a sua vida!
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