O que faz a vida ser bonita?
Às vezes, acreditamos que precisamos perdoar o outro para sermos felizes, mas na verdade precisamos de fato perdoar a nós mesmos.
O que você precisa renunciar para ser realmente feliz? fato é que felicidade nada mais é do que encontrar o caminho que o leva de volta para si mesmo.
Ser feliz é muito mais do que ter estabilidade financeira. Ser feliz é muito mais do que ter uma família bonita, o carro do ano ou o emprego dos sonhos. Ser feliz é viver de acordo com a sua essência.
Essência essa que, infelizmente, muitas pessoas passam a vida sem saber que ela sequer existe.
Vivemos rodeados de paradigmas, preconceitos, regras e crenças que, em muitos casos, nos privam de conhecer a nós mesmos como deveríamos.
Nascemos e, para sermos aceitos em casa, na escola, na sociedade como um todo, vamos nos escondendo atrás de máscaras que, de tanto usarmos, acabamos acreditando que são parte integrante do nosso ser.
Sonhamos sonhos que, na realidade, não são nossos. Agimos de mil e uma formas que contradizem a nossa verdade absoluta. Criamos hábitos, manias e defeitos que, de fato, não nos pertencem.
E, por isso, nos vemos cada vez mais tristes e perdidos.
Não por causa do dinheiro, não por causa de uma crise política que o país possa estar passando, não por causa do namorado ou namorada que nos deixou, não por causa do emprego que não é exatamente aquilo que gostaríamos que fosse.
A verdade é que nós passamos a vida fingindo estarmos realizados, felizes e plenos. Mentimos para nós mesmos. Mentimos para o outro. Mentimos para a vida.
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O fato é que fazemos muitas coisas em prol da realização alheia, sem nos atentarmos ao limite, ao tênue limite entre a satisfação do outro e a minha própria realização.
Vivemos tentando agradar o outro e nos esquecemos de agradar a nós mesmos e, então, nos afastamos do caminho que Deus deseja para nós.
Afastamo-nos do desenvolvimento da consciência, por simples medo de não corresponder às expectativas do outro, esquecendo-nos completamente que somos perfeitos por sermos exatamente como somos.
Deixamos de especular, de questionar sinceramente a nós mesmos, e passamos uma vida elaborando respostas falsas, respostas que não nos definem, que não nos revelam e, consequentemente, não serão capazes de nos realizar.
Hoje, o meu convite é para que você tenha coragem de abrir a porta da sua casa para que a verdade, nua e crua, entre e faça morada em seu lar. Permita-se adentrar em espaços da sua consciência, da sua vida que antes estava com as portas e janelas trancadas.
Descubra-se e renasça para uma vida consciente.
Seja consciente daquilo que o faz plenamente feliz. Seja consciente de si mesmo, dos seus defeitos, limites e qualidades.
Aprenda a ouvir o que diz seu coração com o respeito e sabedoria que você merece. O que em você está em desarmonia? O que tanto o incomoda na melodia que é viver a vida que você leva?
Permita que Deus fale em você através das perguntas certas, que precisamos fazer a nós mesmos diariamente.
Desafie-se a enfrentar aquilo que lhe causa mal-estar, ao invés de simplesmente preferir ficar parado na sala de estar da sua própria vida, por puro comodismo.
Vamos lá, tenha coragem de abrir as portas e janelas da sua casa, que é sagrada, e permita que a luz irradie por todo o seu ser. Esse é o tipo de enfrentamento que é capaz de nos curar de todos os males.
Às vezes, acreditamos que precisamos perdoar o outro para sermos felizes, mas na verdade precisamos de fato perdoar a nós mesmos. Tenha uma convivência saudável consigo mesmo. Aceite-se. Perdoe-se.
Talvez, a falta que você tanto sente, esse vazio que lhe angustia o peito seja, na verdade, uma ausência de si mesmo. Permita-se reencontrar-se com a sua essência. O que o edifica?
Livre-se do ódio, substitua-o por aquilo que faz florescer em você a mais bela flor. E descubra o milagre de uma vida plena.
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